Vou falar sobre a transmissão na TV a cabo. Bora Pensar comigo: quando a TV paga surgiu (lá no começo dos anos 90...) havia a "promessa" de ser um serviço "diferenciado" (afinal, o assinante pagaria pra assistir TV). E como seria esse "diferencial": um deles seria o jeito de narrar um jogo. Mais tranquilo, "cadenciado", com muita informação e menos "emoção". Essa "emoção menor" não significaria uma coisa chata, mas "atraente" na dose certa.
E o que aconteceu? Narrador de TV paga "virou" narrador de TV aberta: aquela gritaria, aquele berreiro chato...como se ele precisasse "berrar mais alto" que o concorrente dele alí do lado. E dá-lhe lágrima, dá-lhe "emoção". Essa semana, um canal fechado está repetindo à exaustão a narração de um gol que classificou o Botafogo apenas na "pré-Libertadores"....ou seja, ainda nem chegou na "fase pra valer"e já fazem esse estardalhaço.
Quando alguém assina (e não paga barato!) a TV a cabo, pensa que vai ter "algo diferente": na verdade acaba sendo mais do mesmo. E todas as emissoras querem ser iguais. Mas ainda "há esperança": o narrador Milton Leite (apesar de alguns exageros, as vezes...) tem personalidade e um estilo próprio com muito bom humor. Troca a gritaria pelo sorriso.
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