CÂMARA MANTÉM COAF NA ECONOMIA E "DÁ UM TOMBO" EM MORO

    Que fique claro, desde agora: nos países desenvolvidos, nas chamadas "verdadeiras democracias", os órgãos correspondentes ao nosso COAF, ficam ligados a ministérios da área econômica ( no nosso caso, agora, ao Ministério da Economia). Por que? O COAF, onde trabalham auditores fiscais, tem a sagrada missão de fiscalizar movimentações financeiras - e não agir como polícia.

    Se uma movimentação for considerada "suspeita", aí sim, num segundo momento, aciona-se a força policial, Ministério Público, Poder Judiciário, ou seja, os "homens da lei".

    Sergio Moro ficou chateadão porque (por 228 votos a 210) a Câmara dos Deputados decidiu manter o COAF ligado ao Ministério da Economia (com o Paulo Guedexxx) e não transferi-lo para o Ministério da Justiça. Achar que deixar o órgão na Economia representaria leniência de Guedexxx com os corruptos é desconfiar da boa-fé do ministro. Aí não dá. Aí para tudo!

    Com essa votação dos deputados, evita-se o "estado polícia". Quebrar sigilo bancário deve ser exceção. Não a regra.

    O COAF deve existir pra ajudar o país em políticas como melhor distribuição de renda, fiscalização de impostos, enfim, mais justiça social.

    "Polícia política" com certeza não é a solução para o Brasil.

DEPUTADOS NA VOTAÇÃO DO COAF