"Ela [repórter] queria um furo. Ela queria dar o furo a qualquer preço contra mim [risos dele e dos demais]. Lá em 2018 ele [Hans] já dizia que ela chegava e ia perguntando: 'O Bolsonaro pagou pra você divulgar pelo Whatsapp informações?' E outra, se você fez fake news contra o PT, menos com menos dá mais na matemática, se eu for mentir contra o PT, eu tô falando bem, porque o PT só fez besteira".
Bolsonaro disse isso em frente ao Palácio Alvorada na manhã dessa terça-feira. A ofensa contra a repórter Patrícia Campos Mello foi um comentário sobre a fala de um sujeito na CPMI das fake news. O dito cujo afirmou (sem provas) que a jornalista queria informações para uma matéria "a troco de sexo".
Tanto Patrícia quanto a Folha desmentiram o caso. O jornal chamou o tal Hans de "mentiroso". E o Messias o que é? O que se espera é que a Folha e Patrícia processem os dois para que provem o que estão dizendo.
Primeiro a declaração do cidadão na CPMI, agora o presidente (re)afirmando o que o depoente disse na Comissão. É um claro exemplo de que quem não tem argumentos pra se defender parte para o ataque. Procura atingir do ponto de vista pessoal e profissional. Além dessa violência, ainda tenta intimidar praticando um ataque contra a liberdade de expressão e de imprensa.
Como disse a jornalista Renata Mielli, do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé:
“É uma grave ofensa, é um atentado à liberdade de imprensa e de expressão esse tipo de recurso que a família Bolsonaro e o que estão ao redor desse movimento político que Bolsonaro lidera de caráter autoritário, fascista, conservador, machista, preconceituoso, esse é o traço distintivo desse tipo de política que eles fazem. Como eles não conseguem dialogar com a sociedade a partir dos fatos, de se defender a partir de circunstâncias reais, eles partem para a tática do ataque."
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