Curitiba perde o grande radialista Ali Chaim (natural da cidade, nascido no bairro Capanema). Aos 81 anos, o "Califa 33" (apelido que ganhou dos próprios ouvintes), agora diz gírias como "Sclang", "Lóki", "Lunfa" e outras "no andar de cima". Viveu a fase boêmia de Curitiba e do radiojornalismo na década de 60. Começou a trabalhar na imprensa com o pseudônimo de "Lawrence da Arábia" escrevendo e dando notas sobre o que acontecia na noite curitibana...
Melhor repórter policial que a cidade já viu, não fazia o gênero "justiceiro". Pelo contrário, era brincalhão, amigo de muita gente, "dava até conselho pra malaco" (como ele dizia...). Naquela época já "humanizava" as histórias. Tinha algumas curiosidades: Pra ele, prostituta não deveria ser chamada de bailarina... "Eu chamava mulher bandida de Marafa, ou Da noite. Não aceitava que fosse chamada de bailarina. Bailarina é no Teatro Guaíra".
Formado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Paraná, era, portanto, contador de profissão. Mas o "turco" (como era carinhosamente chamado) gostava mesmo é de contar histórias. E sempre soube qual era o papel do jornalista numa notícia: "Eu nunca quis passar na frente da notícia. Nunca busquei promoção em cima do noticiário. Os prêmios que ganhei foram um reconhecimento pelo meu trabalho". E não foram poucos. Foram 13 (entre homenagens, títulos e troféus). Destacando: Troféu Comunicação Cidade (1977/79); Jornalista do Ano (Diário Popular - 1985); Destaque Cultura e Divulgação (Câmara de Curitiba - 2000); e Homenagem da Justiça Eleitoral do Paraná.
Difícil afirmar que o rádio vai acabar um dia. Ele vai se adaptando às novas tecnologias e continua sendo um dos principais meios de comunicação. Ali Chaim era um dos seus principais comunicadores em Curitiba. Mas, como disseram alguns amigos, sem o Chaim, o rádio fica um pouco fora de sintonia.
Sclang Final.
Abaixo, um pouco do Dicionário de Chaimês ( gírias criadas e/ou popularizadas por Ali Chaim):
BERRO: Revólver
CHAFRARIA: Delegacia de Polícia
DEDO-DURO: Aquele que entrega outro para a Polícia.
LÓKI: Louco
LUNFA: Ladrão
MAJU (ou MAJURENGO): Major da PM.
MALACO: Malandro
MANGO: PM
MARAFA: Prostituta
MOCÓ: Onde o malaco se esconde.
PENITA: Penitenciária
SAFO: Malandro
SCLANG: Ponto
SCLANG FINAL: Ponto final
TIRA: Policial
TREISOITÃO: Revólver calibre 38
WINDOW (também: VENTANA) : Janela
Formado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Paraná, era, portanto, contador de profissão. Mas o "turco" (como era carinhosamente chamado) gostava mesmo é de contar histórias. E sempre soube qual era o papel do jornalista numa notícia: "Eu nunca quis passar na frente da notícia. Nunca busquei promoção em cima do noticiário. Os prêmios que ganhei foram um reconhecimento pelo meu trabalho". E não foram poucos. Foram 13 (entre homenagens, títulos e troféus). Destacando: Troféu Comunicação Cidade (1977/79); Jornalista do Ano (Diário Popular - 1985); Destaque Cultura e Divulgação (Câmara de Curitiba - 2000); e Homenagem da Justiça Eleitoral do Paraná.
Difícil afirmar que o rádio vai acabar um dia. Ele vai se adaptando às novas tecnologias e continua sendo um dos principais meios de comunicação. Ali Chaim era um dos seus principais comunicadores em Curitiba. Mas, como disseram alguns amigos, sem o Chaim, o rádio fica um pouco fora de sintonia.
Sclang Final.
Abaixo, um pouco do Dicionário de Chaimês ( gírias criadas e/ou popularizadas por Ali Chaim):
BERRO: Revólver
CHAFRARIA: Delegacia de Polícia
DEDO-DURO: Aquele que entrega outro para a Polícia.
LÓKI: Louco
LUNFA: Ladrão
MAJU (ou MAJURENGO): Major da PM.
MALACO: Malandro
MANGO: PM
MARAFA: Prostituta
MOCÓ: Onde o malaco se esconde.
PENITA: Penitenciária
SAFO: Malandro
SCLANG: Ponto
SCLANG FINAL: Ponto final
TIRA: Policial
TREISOITÃO: Revólver calibre 38
WINDOW (também: VENTANA) : Janela