domingo, 2 de agosto de 2020

HONG KONG: DIZER "NÃO À DEMOCRACIA" É UMA "ESPECIALIDADE" CHINESA?

    A China e seus horrores pela democracia: Autoridades chinesas adiaram em um ano as eleições para o Conselho Legislativo de Hong Kong. Além disso, anularam 12 candidaturas da oposição. Moradores do antigo território inglês (devolvido em 1997), tinham a esperança (certeza?) de que poderiam votar em 5 de setembro próximo.
    A "justificativa" do adiamento você deve imaginar qual é: medo da pandemia do coronavírus. Para Pequim, a medida é "necessária, razoável e legal". Você pode até estar pensando: "Nesse aspecto, eles têm razão". Mas vamos lembrar aqui: Últimos dados divulgados apontam que Hong Kong contabilizava "apenas" 3.272 casos da doença com 27 mortes. Isso para uma população de quase 7 milhões e 500 mil habitantes.
    Além da vacina contra a covid-19, os dirigentes do Partido Comunista Chinês precisavam tomar uma injeção de democracia. Não foi só o adiamento das eleições. Também mandaram prender seis ativistas que lutam por mais direitos para Hong Kong. 
    Mas o adiamento das eleições, a prisão de ativistas, é apenas uma continuidade da queda, em etapas, do "castelo de liberdades" que vem se tentando construir na ex-colônia britânica: em 30 de junho, a China implantou a Lei de Segurança Nacional com penas severas contra a "subversão" e o "conluio com forças estrangeiras".

(foto: AFP)

RUA DE HONG KONG COM FOTOS DE CANDIDATOS AO CONSELHO LEGISLATIVO: ELEIÇÃO FICOU PARA SETEMBRO DE 2021