Nessa terça-feira na votação da suspeição do ex-juiz Sergio Moro, o ministro do STF, Gilmar Mendes, estava, como se diz na gíria, "com a corda toda": Ao defender a legibilidade das conversas entre Moro e os procuradores da operação Lava Jato, o magistrado perguntou aos colegas dele:
"Algum dos senhores aqui compraria o carro do Moro? Alguns de vocês seriam capazes de comprar carro do Dallagnol?"
Para Mendes, argumentos não faltaram para considerar o ex-juiz suspeito:
"A condução coercitiva de 2016, a divulgação de conversa com Dilma Rousseff, a quebra de sigilo telefônico de advogados e a publicação da delação de Antonio Palocci."
Será que Kássio Nunes Marques (ministro do STF nomeado pelo Messias) estaria lá pra tentar "garantir" que Lula ficaria inelegível mais uma vez? Seria impossível afirmar isso. Até leviano da parte de alguém que levantasse essa hipótese. O que se tem de bastidores é que o Messias prefere (muito mais!) enfrentar Moro do que Lula na eleição de 2022...
Tem mais. Gilmar estava realmente com "sangue nos olhos". Sobre o voto do "colega" Kássio ele também sapecou essa:
“Atrás muitas vezes da técnica de não conhecimento de habeas corpus se esconde um covarde. E Rui [Barbosa] falava: 'o bom ladrão salvou-se, mas não há salvação para o juiz covarde'”.