quinta-feira, 11 de março de 2021

RATINHO PODE TIRAR "O QUEIJINHO DA CHUVA": VAI TER GREVE DE PROFESSORES SE FOREM MANTIDAS AULAS PRESENCIAIS

   


     Os professores já haviam decidido e o presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão, reafirmou nessa quinta-feira, 11: Se o governador Ratinho Junior (PSD) insistir em manter aulas presenciais (mesmo no sistema híbrido) a partir de segunda-feira,15, vai ter greve da categoria:
     “Se o governador não recuar, teremos a Greve pela Vida. Estamos juntos com muitos prefeitos que têm esse mesmo entendimento de que é impossível voltar às aulas presenciais nesse momento”.
    Ainda segundo Leão:
    "A decisão do Governo de forçar o retorno às aulas presenciais desconsidera as evidências de agravamento da epidemia, avaliando que vale a pena correr o risco de expor todas as comunidades escolares ao coronavírus no momento de explosão no número de pessoas aguardando leitos de UTI em todo o Paraná. A APP atua para que o governador Ratinho Jr suspenda a retomada das aulas presenciais na semana que vem”.
    Quem participou, também, da entrevista online foi o cientista coordenador de um estudo que aponta o descontrole da epidemia de Covid 19 em Curitiba, Lucas Ferrante:
    “A situação é crítica. De forma nenhuma é hora de mandar as crianças para a escola”, disse. Ele coordenou estudo que indica uma terceira onda da Covid 19 em Curitiba nas próximas semanas, quatro vezes pior que as duas anteriores, que tiveram picos de 20 mortes por dia na Capital.Também informou que se o isolamento social não aumentar, teremos uma quarta onda em julho. Ferrante é é cientista do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Ipam).
    Lucas Ferrante criticou abertamente a reação da Prefeitura de Curitiba ao estudo que ele coordenou. De acordo com o cientista, a administração municipal também enveredou pelo caminho do negacionismo, tentando desqualificar o trabalho do Ipam alegando equivocadamente que o modelo prevê a disseminação do coronavírus em progressão geométrica, o que não corresponde à realidade. “O modelo que utilizamos é a ferramenta básica em epidemiolifia adotada em todo o mundo. Esse modelo que usamos é o correto, não o que a Prefeitura usa”, disse.
    Segundo Ferrante, é consenso entre cientistas que a volta às aulas presenciais não deve ocorrer quando a localidade está em fase de transmissão comunitária do vírus.O aumento da circulação de pessoas numa comunidade com baixos graus de vacinação, estimulado pelo Governo, pode levar ao surgimento de variantes do vírus resistentes às vacinas, alerta o cientista. “Isso pode colocar em cheque estratégias globais de controle da pandemia”.