O ex-secretário de Comunicação do governo, Fabio Wajngarten, foi convocado a depor na CPI do Genocídio por uma entrevista que deu à Veja, quando estava no governo. Achou que poderia responder "o que quisesse" da maneira "que quisesse". Mas caiu do cavalo.
Chegou a "soltar algumas perolas": Ao ser questionado pelo relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL) se achava que declarações negacionistas do Messias interferiam no pensamento do povo sobre tomar - ou não - vacina, respondeu: "Não sei, pergunta pra ele".
Tanta arrogância resultou numa enquadrada que tomou do presidente, Omar Aziz (PSD-AM):
“O senhor só tá aqui pela entrevista à revista Veja. Se não fosse isso, a gente nem lembraria que você existia. Não menospreze nossa inteligência, ninguém é imbecil aqui”.
Aí, ficou "pianinho" e pediu "perdão" umas dez vezes. Aziz deu o "golpe de misericórdia":
"O senhor não está aqui para pedir perdão, mas para responder perguntas..."
Cheio de contradições: Pra "Veja" disse uma coisa, mas, pelo o que Renan entendeu das respostas, o ex-secretário queria "reinventar a história, a entrevista" ao ser "apertado" pela Comissão.
O relator da CPI sapecou (depois de afirmar que vai pedir o áudio da entrevista):
“Se ele não mentiu, a Veja vai ter que pedir desculpas a ele. Se ele mentiu, ele terá desprestigiado o Congresso Nacional, o que é um péssimo exemplo.[...] Se ele mentiu à revista Veja e a esta comissão, eu vou requerer à Vossa Excelência, na forma da legislação processual, a prisão do depoente.”
Difícil dizer qual a "pérola mais valiosa", mas quando perguntado o que ele entendeu da declaração do ex-capitão cloroquina que afirmou que não tomaria vacina, se saiu com essa:
"Entendo que o presidente estava dizendo que só tomaria a vacina depois que o último brasileiro fosse vacinado. Para que todos fossem imunizados".
Será que a CPI vai pedir para que seja providenciado um tonel de óleo de peroba?