sexta-feira, 28 de maio de 2021

EMPRESÁRIO CONVOCA "GREVE" DE MOTORISTAS DE ÔNIBUS EM CURITIBA POR CAUSA DA BANDEIRA VERMELHA...

   


   ...Mas ele esquece de um detalhe: Muitos, muitos profissionais de saúde (que atendem, óbvio, vítimas da covid-19) dependem de ônibus para chegarem ao local de trabalho, ou seja, hospitais, pronto-socorros, clínicas...
    O empresário é Fábio Aguayo, presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas - Abrabar. Disse ele, segundo o portal Bem Paraná:
    “Enviamos ofício ao presidente do Sindimoc (Sindicato de Motoristas e Cobradores) para que motoristas e cobradores façam uma paralisação espontânea, das 6 às 9 horas, no horário de pico. Para mostrar que eles são os primeiros prejudicados nessa pandemia e não tiveram vacinação. Eles tentaram mudar essa quadro em 20 de março. E para mostrar que sempre tiveram apoio dos setores produtivos”.
    Apesar de o empresário parecer não estar muito preocupado com a saúde dos trabalhadores (e da população de uma forma em geral), mas com o lucro, o presidente da Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Paraná, Flaviano Ventorim, deixou claro o que o empresário não disse: Entre 60 e 70% dos 40 mil profissionais de saúde de Curitiba e região utilizam o transporte coletivo para chegar ao trabalho. Ou seja, o empresário - simplesmente pra protestar contra o protocolo de segurança da Prefeitura - pode ocasionar problemas sérios na saúde se os trabalhadores dessa área não chegarem aos hospitais por causa de uma possível paralisação.
    Nesse momento, o mais lúcido (olha só!) é o presidente do Sindicato das Empresas de Ônibus, Maurício Gulin: ele quer convocar uma reunião pra semana que vem entre representantes da prefeitura e de empresários de alguns setores pra tentar chegar a um consenso: Preservar a saúde da população sem grandes prejuízos à Economia.
    Bora lembrar! amiga/amigo: a Prefeitura tem sido generosa nos repasses de recursos ao transporte coletivo. Contou com o apoio explícito de vereadores que aprovaram isso. 
    Mas uma coisa não tem nada a ver com a outra: Não dá pra tentar usar os trabalhadores dos ônibus - "lembrando" que eles ainda não foram vacinados - pra atingir o poder público.
    A vacina, aliás, tem que ser pra todo mundo.