O advogado Domingos Moro (que morreu em 2017), foi diretor de futebol do Coritiba entre 2003 e 2004, e disse, num daqueles momentos de crise do Coxa que "o clube não pode ser um eterno recomeçar"...
Lá se vão quase 20 anos e as palavras de Moro continuam atuais. Depois da administração Samir que enterrou o Verdão até o último fio de cabelo, Renato Follador assumiu o clube fazendo muitas promessas. Até agora foram, realmente, só promessas. Pra quem disse que os jogadores contratados iriam "jogar no estilo sulamericano" com o técnico paraguaio Morinigo, "mordendo o alambrado" e "comendo a grama", ou seja, com muita raça, nada mudou, já em 5 meses de nova administração.
O novo elenco (contratado, segundo Follador, baseado em "dados científicos" levantados por uma equipe especialista em "scout"), está se demonstrando (com as exceções de Wilson, Rafinha e Léo Gamalho) tão ruim quanto o anterior.
A "cara profissional" que o presidente quis dar ao Coxa incluiu a contratação de Brunoro pra "diretor remunerado" (o salário não deveria ser baixo...) de futebol. Com todo respeito, mas para o torcedor, nesses 5 meses, não apareceu a excelência do trabalho do cartola assalariado.
Tanto não apareceu que ele "pediu demissão" (ou foi "mandado embora"?) nessa segunda-feira. Brunoro alegou "discordâncias com a diretoria" e afirmou, na despedida, que "implementou um projeto estratégico do clube em todas as áreas". Talvez faltou alguém explicar pra ele o que a Nação Alviverde entende por "estratégico": bom futebol em campo....
Também circula a notícia de que o empresário Marcelo Almeida deixou o G5 (Conselho Administrativo) do clube. Segundo vice-presidente do Verdão, Almeida teria se afastado (por motivos pessoais) há cerca de um mês. Mas, até agora, a renúncia não foi oficializada.
Renato Follador chegou a afirmar que "administrar o Coritiba é mais fácil do que administrar uma padaria". Não é tão simples assim. No Alto da Glória, "a massa não cresce" e "o pão está queimando".
E as chapas do Brunoro e do Marcelo já esquentaram...
Marcelo Almeida (primeiro à direita): também "pegou o boné"?
