terça-feira, 1 de junho de 2021

COPA AMÉRICA NO BRASIL: JORNALISTAS "HISTÉRICOS" OU "CALADOS"...NÃO TEM EMPATE

   


     Talvez você não saiba. Mas futebol não é esporte. Futebol é negócio do qual todos querem tirar uma "casquinha". Futebol era aquilo que você jogava com os amigos no campo de areia, no "terrão", nos campos dos "peladeiros". Nunca a expressão "Não existe mais bobo no futebol" esteve (e estará) tão atual.
    Prova disso foram as reações dessa segunda-feira à notícia de que o Brasil "deve", "pode", sediar a Cova América recusada por Colômbia e Argentina. De forma "histérica" - ou não - gritando - ou não - jornalistas dos mais diversos "matizes" se manifestaram. E é o mínimo que se espera de alguém que se diz "jornalista": que tenha opinião, que se manifeste. Desconfie de quem é "neutro". Neutro é shampoo infantil...
    Posintão... como diria aquele velho juiz antes de "sortear o campo ou a  bola" antes do jogo, "temos aqui uma moeda e essa moeda tem duas faces...".  Uma face foi o comportamento da grande maioria dos "homens de imprensa": Descendo o cacete, "soltando o bambu" em cima da ideia genial do Messias de autorizar a competição em "terra brasilis". Desse lado, estavam todos que afirmavam ser o torneio um "criadouro", um "berçário" de novas cepas do coronavírus. Desse lado crítico ficaram, inclusive, aqueles que não têm direitos de transmissão da C.A. Coincidência? Você acredita? Claro que, com quase 470 mil mortos, é o mínimo que se espera de alguém razoável: que aja dessa forma. Mas, ao mesmo tempo, esses profissionais da mídia não criticaram quando foi anunciado que os jogos  das eliminatórias da Copa 2022 seriam realizados "normalmente". Por que naquele momento também não "desceram o sarrafo"? Ah, porque a emissora tem os direitos de transmissão dessas partidas... e sexta-feira já tem Brasil em campo...Brasil-sil-sil...
    Bora lembrar! amiga(o): Havia o tempo em que o futebol era comandado pela dupla Havelange/Teixeira. Hoje, quem afirma que "está tudo errado", naquela época mantinha um silêncio obsequioso. Sim! Não havia o coronavírus... mas havia outra espécie de vírus.Era um silêncio total sobre a administração futebolística. Em 2022, a crítica é seletiva. Pergunta ingênua: Por que?
    A outra face da moeda é a de quem tem os direitos de transmissão do torneio. Me informa o colunista Maurício Stycer que a televisão do "patrão" escondeu a pandemia ao falar da Copa América no Brasil. Claro, não quer estragar o "espetáculo".
    Fato é que é curioso ver tanta gente que já foi abraçada ao poder, agora posa de "isentão". 
    A inocência do futebol como "esporte" a gente só vê, agora, naquela piazada que joga uma bola na quadra do condomínio ou num campinho.
    Se quiser entender um pouco mais sobre a patifaria que "ronda as 4 linhas" do campo, sugiro a leitura do livro "O Lado Sujo do Futebol" de autoria de Luiz Carlos Azenha, Amaury Ribeiro Jr, Leandro Cipolini e Tony Chastinet. Principalmente o capítulo "Tela Quente". Alí tá tudo bem explicadinho. Nos seus mínimos detalhes.