segunda-feira, 28 de junho de 2021

LUTO NO JORNALISMO: A MORTE DE ARTUR XEXÉO

   


  Artur Xexéo estava com 69 anos e morreu na noite desse domingo,27, de linfoma, um tipo de câncer. Tecnicamente é chamado Linfoma Não Hodgkin de Células T. O jornalista descobriu a doença há apenas duas semanas. Ele também era escritor e autor de peças de teatro. 
    Colunista do jornal O Globo, era ainda comentarista de cultura da GloboNews e, na TV Globo,  da entrega do Oscar. Função que assumiu com a morte de José Wilker em 2015.
    Nascido Artur Oscar Moreira Xexéo, no Rio de Janeiro em 5 de novembro de 1951, entrou pra faculdade de Engenharia Civil por ser muito bom com cálculos. Mas no curso descobriu que não era aquilo que queria. Decidiu uma mudança radical. Fez Jornalismo. O Brasil perdia um engenheiro, mas ganhava um dos maiores jornalistas da área cultural.
    Na imprensa, trabalhou em revistas como a Veja e a IstoÉ. Também teve passagem importante pelo Jornal do Brasil. Em rádio, foi comentarista da CBN. Disse, uma vez, que a noticia mais triste que deu foi a morte da cantora Elis Regina em 19 de janeiro de 1982.
    No teatro, escreveu "A Garota do Biquíni Vermelho", dirigida por Marília Pera; e "Nós Sempre Teremos Paris" estrelada por Françoise Forton. Traduziu "Xanadu", aqui dirigida por Miguel Falabella. 
    Zuenir Ventura, amigo de décadas, de quem Xexéo afirmava ser "afilhado" no Jornalismo, resumiu a morte do colega de profissão:
    "Estou arrasado, imprestável. Só consigo dizer: perdi meu filho profissional".
    Na televisão, um dos trabalhos mais antigos de Artur Xexéo era como jurado da "Dança dos Famosos" no "Domingão" apresentado por Fausto Silva.