quarta-feira, 3 de novembro de 2021

LIVRO CONTA A HISTÓRIA DO GOVERNADOR PARANAENSE INDICADO PELOS MILITARES DO GOLPE DE 64 E CASSADO PELA PRÓPRIA DITADURA

   


 "1971: A Queda de Leon Peres", escrito pelo jornalista Jean Feder e pelo historiador Jair dos Santos, é uma aula de história política do Paraná para os jovens (e também para os "não tão jovens"...) jornalistas paranaenses. E para a população em geral.
    Veja o que escreveu o editor da obra: 

    “1971: a queda de Leon Peres” traz novos documentos sobre um período turbulento na política paranaense
Há exatos 50 anos caiu o primeiro e único governador indicado pelos militares da Revolução de 1964. Haroldo Leon Peres foi 103º governador do Paraná. Assumiu a 15 de março de 1971 e somente 252 dias depois apresentou uma carta de renúncia que, nos bastidores e na história, episódio que ficou conhecido como o primeiro governador a ser “cassado” pelo movimento de 64. A renúncia foi o ponto final de uma história de um governo conturbado, envolvido em atritos com os poderes Legislativo e Judiciário, escândalos e tentativa de achaque contra um poderoso empresário paranaense da construção civil, que acabaram o derrubando.
A trajetória do governo Leon Peres – um carioca que fez de Maringá, Interior do Paraná, sua base política - e dos seus episódios virou tema de um livro escrito pelo historiador Jair Elias dos Santos Júnior e pelo jornalista Jean Luiz Féder. A obra “1971: conspiração, conflitos e corrupção: a queda de Haroldo Leon Peres”, terá seu lançamento no dia 23 de novembro – a data da renúncia – nas Livrarias Curitiba, no ParkShopping Barigui, em Curitiba, a partir das 19h.
Censura
Leon Peres, foi escolhido pela ditadura em 1970 para suceder o governador Paulo Pimentel. Durante os meses que permaneceu no Palácio Iguaçu, brigou, também, com o Tribunal de Contas, mudou substancialmente a Constituição do Estado e entrou em conflito com uma parte da imprensa paranaense, justamente o maior grupo de comunicação à época, comandado pelo governador que o antecedeu. E como eram os tempos mais duros da Revolução, os jornais, rádios e canais de televisão de Curitiba receberam ordens de censura, por meio de bilhetes, proibindo a publicação de matérias contra o governo.
Os autores tiveram acesso aos dossiês elaborados pelo SNI (Serviço Nacional de Informações) que investigou o governador, o irmão dele e um dos seus assessores desde outubro de 1971. O caso final envolveu Cecílio do Rego Almeida, um dos maiores empreiteiros do Brasil, e ficou conhecido nos bastidores da política nacional, à época, levando à renúncia de Haroldo Leon Peres.


Haroldo Leon Peres é diplomado governador na Assembleia Legislativa e recebe cumprimento do deputado Francisco Escorsin. Entre os dois, o ex-governador Paulo Pimentel, e no lado direito da foto, o vice-governador Parigot de Souza. Foto: MIS






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