segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

APP-SINDICATO: "RATINHO JR QUER QUE A BASE SEJA O TETO SALARIAL DOS PROFESSORES!"

    


    A APP-Sindicato (que representa os professores da rede estadual, a maior categoria dos servidores no Paraná) não gostou nem um pouco da maneira e do que o governador Ratinho Junior (PSD) anunciou como "valorização" dos profissionais da educação. Para os sindicalistas, "em franco desrespeito ao conjunto de trabalhadores(as) em educação, funcionários(as) de escola ficaram de fora. Já aposentados(as) foram ignorados(as), sinalizando para uma quebra na paridade e na integralidade."
    A APP também não concorda como foi definida a tabela de reajuste salarial: O Sindicato considera que um aumento de 48,7% no início da tabela e de 10% no final, achata os vencimentos e transforma o piso em teto. Isso desestimula a formação e o investimento dos educadores em especialização, mestrado e doutorado.
    Mas os representantes dos professores disseram mais:

    A alteração [da tabela salarial]  será paga com recursos do Novo Fundeb, conquista histórica da categoria por meio da luta da APP e da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE). Ratinho debocha da inteligência da população; temos memória e lembramos que o governador foi um dos poucos do país a não assinar a carta em defesa do Novo Fundeb em 2020.


Outro destaque da proposta, a equivalência do salário de ingresso para PSSs, é uma luta que remonta à conquista do Plano de Carreira de 2004, quando defendemos que os contratos emergenciais recebessem o mesmo salário inicial dos(as) efetivos(as).

Ratinho Jr. ainda acusa os Sindicatos de defender “pautas políticas” que só beneficiam uma parcela da categoria. Mas anuncia o reajuste às vésperas de um ano eleitoral enquanto massacra educadores(as) em sala de aula, desmancha o plano de carreira, condena funcionários(as) à miséria e tenta ferir a paridade.

Por fim, cabe dizer o óbvio: a APP-Sindicato não é “intermediária” no diálogo com a categoria. Somos a própria categoria: a representação direta de mais de 60 mil sindicalizados(as). Não há conversa com “colaboradores(as)” que tenha mais legitimidade do que a representação sindical.

Reiteramos nossa indignação pela postura do governo do Paraná, que se nega a dialogar com o Sindicato e apresenta uma alteração tão profunda sem qualquer debate com os(as) maiores(as) interessados(as). A Direção Estadual da APP permanece em vigília ao longo do dia, estudando a proposta, e tomará as medidas necessárias nos campos político e jurídico.