quarta-feira, 27 de abril de 2022

DEPUTADO CONTRÁRIO À BANCADA FEMININA NA ASSEMBLEIA RECEBE "SARAIVADA DE ADJETIVOS": MACHISTA, MISÓGINO E RETRÓGRADO

   


     Outro dia o deputado estadual bolsonarista Ricardo Arruda (PL) afirmou que "não existiu ditadura no governo militar" e que quem foi torturado, foi "porque mereceu"...
    Agora vem o Homero Marchese (Repúblicanos, outro partido bolsonarista) e tasca essa:
    "Se as mulheres são minoria na Assembleia [Legislativa] é porque as mulheres quiseram isso. Então é um projeto que vai estabelecer um privilégio para uma minoria que foi eleita por uma maioria."
    O deputado fez essa "declaração" por ser contrário à criação da Bancada Parlamentar Feminina.
    Claro que a Comissão Executiva da Assembleia não ficou quieta e "trucou" o parlamentar que foi chamado de "machista":
    "Na avaliação do grupo diretivo, a manifestação do referido deputado, durante a fase de discussão do projeto de resolução 5/2022, demonstra profundo desconhecimento e indiferença frente às dificuldades e barreiras impostas às mulheres na sociedade brasileira, e pode ser classificado como retrógrado, machista e misógino".
    Colocado contra a parede, Marchese se defendeu:
    "A reação da Mesa Executiva é diversionismo tolo de quem está bravo pelo discurso cobrando o Ministério Público sobre investigações na relação da TV Icaraí com a Assembleia. Investigação que conta com um acordo de colaboração premiada firmado há dois anos. Também estão bravos porque somos contrários ao PL da Assembleia que quer criar 121 cargos na instituição. Como se fosse necessários mais cargos na Assembleia."
    A proposição, assinada pelas 5 deputadas estaduais, além de criar a Bancada Feminina, estabelece que 30% da Mesa Diretora seja ocupada por mulheres.