quarta-feira, 22 de junho de 2022

"TURBULÊNCIA": RAY LIOTTA, UM SERIAL KILLER SOLTO NO ESPAÇO!

    


    Ray Liotta  morreu no dia 22 de maio passado. Se você procura algum filme pra relembrar o trabalho do ator, a Netflix (literalmente) é o canal. Por lá o streaming está exibindo uma produção antiga, mas que, por incrível que pareça, ficou "moderna", ganhou uma "sobrevida" depois do 11 de setembro de 2001.
    É "Turbulência" (EUA, 1997), estrelado por Liotta e Lauren Holly (que entre outros filmes, fez, também "Debi & Loide", em 1994 e a refilmagem de "Sabrina" em 1995). 
    Liotta sempre se entregou "de corpo e alma" às interpretações. O personagem "baixava" com tudo nele. Aqui ele faz um serial killer que, antes de matar as mulheres, as seduz com uma dose de charme e outra de canastrice. A história: Ele e um assaltante bronco de bancos estão sendo levados de Nova York para Los Angeles num Boeing 747 com poucos outros passageiros a bordo na véspera de Natal. Pelo nome do filme, você já imagina que vai ter um "banzé no céu". E não dá outra. Tem a pior tempestade que um avião pode enfrentar e muita pancadaria: O outro marginal se livra das algemas e mata dois policiais. O personagem de Liotta que até então só parecia querer paquerar uma das aeromoças (Holly), vai encarnando o "coisa ruim" e sai matando, também muita gente. "Charme" vira sangue. O Jumbo que nessa "altura do campeonato" já está sem pilotos (não vai ser difícil imaginar o motivo...), precisará ser pousado pela... aeromoça! 
    E o serial killer tá lá. Pra atazanar a vida da mocinha. Condenado à morte, ele quer jogar o avião sobre Los Angeles. O filme traz algumas referências. Pelos corredores do avião, é uma perseguição de gato e rato entre o assassino e a comissária. Esse jogo de "perigo e sedução" remete ao seriado "A Gata e o Rato" (1985) dirigido por Robert Butler, que comanda, também, "Turbulência". Hoje o cineasta está com 94 anos. Mas já dirigiu vários seriados. A especialidade dele. Também tem uma cena de "machadinha destruindo uma porta" que faz recordar "O Iluminado".
    Uma das curiosidades do filme são as citações a outros longas. Por exemplo: "A Felicidade Não Se Compra" (que tem um trechinho exibido na televisão do avião); "E o Vento Levou"; e os filme policiais de Clint Eastwood. 
    E  como o filme ficou "atual"? Ele foi feito em 1997... Quatro anos depois, teve o atentado às Torres Gêmeas, quando os terroristas jogaram dois jatos comerciais no World Trade Center. 
    "Turbulência" é uma "Sessão da Tarde turbinada". Mas vale ser visto por tudo isso e por mais um show de interpretação de Ray Liotta. O cinema sente saudade de ótimos atores como ele.


Liotta "muito doidão" a bordo