segunda-feira, 4 de julho de 2022

PERGUNTE PRO PAULO FRANCIS: ATÉ ONDE O COMERCIAL PODE IR PRA CIMA DO JORNALISMO SEM SER "ASSÉDIO"?

                                             Francis, pode??



    Do jeito que a coisa anda, é difícil um veículo de comunicação (TV, rádio, jornal, site...) sobreviver sem uma "recomendada" do comercial, quando a área de "vendas" sugere uma reportagem sobre determinada empresa. Claro que isso não dá pra virar uma "regra", mas de vez em quando - desde que  não seja uma fake news ou algo que vá contra a lei ... - até que dá pra "engolir".
    Mas, em sendo assim, é importante deixar destacado que: Se for apenas um texto enviado pela assessoria da empresa/do profissional, que se deixe claro que se trata de "informe publicitário"; assim, destacado, para o leitor/espectador/ouvinte saber que se trata de propaganda e não de material jornalístico. 
    "Nitretanto", há quem apenas "cozinhe" o texto da assessoria e "taca-lhe o pau" na divulgação como se fosse uma reportagem. Aí é tentar enganar o povo...
    Se o assunto é recomendado Nem Que Morra, melhor fazer da maneira mais digna possível. Ou seja, contar a história de quem tá anunciando, mas produzir uma matéria em cima, com dados e cenários daquele setor.
    E não apenas "colar" o material de imprensa que vem recheado só de elogios ao anunciante. Há pouco, um texto trazia uma série de "qualidades" de determinada empresa: "Mais completo" ... "mais dinâmica e eficiente"... "mais agradável"... "elevou a qualidade"... "deliciosas carnes"... "mais conforto, qualidade e agilidade"...  "as melhores condições" ...
    Esse material deveria vir não como se fosse uma produção jornalística, mas numa "caixa" para que o público entenda melhor do que se trata.
    Uma vez, um redator de jornal era tão distraído que um assessor de imprensa mandou um texto com um pedido de publicação.  Do jeito que veio, o redator mandou pra impressão. Nem se deu ao trabalho de ler tudo. Nem reparou que o sujeito da empresa havia escrito um recado embaixo do texto:
    "Quebra essa pra mim, publica essa que eu te pago uma cerveja".
     E assim foi publicado...

                                  Pode, Francis?