O estudo é da CarbonPlan a pedido do jornal americano The Washington Post: Picos de calor, como dessa semana, no Brasil, vão ser mais frequentes num futuro próximo: Até 2050.
Aí você me diz: "Mas é só daqui a quase 3 décadas". Amiga, amigo, 27 anos "passam voando". E é estimativa para quase 30 anos. O "inferno" pode ser que venha antes...
Motivo? Se pensou em aquecimento global, acertou! E vai ganhar um picolé de limão pra refrescar esse calorzão.
No Brasil, Belém é o destaque. A capital do Pará vai ter o maior crescimento do número de dias com temperaturas extremas: 222 dias/ano. Quase 7 meses e meio de muito calor. Em 2000, por exemplo, dias seguidos com termômetros extremamente elevados não eram frequentes para os belenenses.
Em números absolutos, Manaus está na frente. Veja o ranking do estudo de temperaturas extremas:
1. Manaus: 258 dias
2. Belém: 222
3. Porto Velho: 218
4. Rio Branco: 212
5. Boa Vista: 190
6. Macapá: 185
7. Cuiabá: 168
8. Palmas: 158
9. Teresina: 155
10. São Luís: 83
11. Campo Grande: 39
12. Rio de Janeiro: 22
13. Porto Alegre: 8
14: Florianópolis: 7
15. Goiânia: 6
16. Aracaju: 3
17. João Pessoa: 3
18. Natal: 3
19. Salvador: 2
20. Belo Horizonte: 1
O estudo levou em consideração a temperatura a partir de 32º C como "calor extremamente arriscado" para a saúde humana. A previsão (e não é "precisão") é de que, até 2030, mais de 2 bilhões de pessoas estarão expostas, em todo o mundo, a um mês inteiro de temperaturas médias acima de 32º C.
De acordo com o estudo da CarboPlan, uma organização sem fins lucrativos, a cidade do Planeta que mais deve sofrer com temperaturas extremas até 2050 é Pekanbaru, na Indonésia, com 344 dias por ano.
Portanto fica aí o "convite" para cientistas e políticos: conhecimento (dos primeiros) e boa vontade (dos segundos) para descobrir meios de barrar a disparada do termômetro.