Lula não é sortista, não é cartomante, não é sensitivo, não é vidente. Mas na política, é um pouco de tudo isso. Consegue formar uma frente que vai da esquerda e passa pelo centro-esquerda, centro e centro-direita. Foi assim que derrotou o fascismo e conquistou o terceiro mandato de presidente em 2022.
Ao longo de sua longa trajetória política, Luís Inácio também reaproximou pessoas que estavam separadas por divergências políticas. É o que acontece com os primos Marília Arraes (ex-deputada federal, ex-PT e hoje no Solidariedade) e João Campos (atual prefeito do Recife, do PSB do vice-presidente Geraldo Alckmin). Os primos são descendentes e herdeiros políticos do ex-governador Miguel Arraes. João é filho de Eduardo Campos, ex-governador e ex-candidato à Presidência, que morreu num acidente de avião em agosto de 2014.
Marília e João disputaram a prefeitura do Recife em 2020. Fizeram uma disputa acirrada com ataques mútuos. Briga típica pra separar parentes. Mas uma das coisas boas da política é essa: permite a reconciliação. Seja de quem for. É esse o caso. Em 2022, João apoiou Marília para o governo de Pernambuco. Ambos apoiaram a candidatura de Lula à Presidência da República.
De lá pra cá, houve uma aproximação maior dos petistas com os primos. Os deputados federais Glesi Hoffmann (presidente do PT) e Lindbergh Farias passaram o carnaval desse ano no Recife e se confraternizaram com João Campos.
Ontem, 4, Lula esteve em Pernambuco para cumprir agenda oficial e se reuniu com Marília e João. O presidente Lula deixou Recife com uma certeza: Marília vai apoiar a reeleição de João.
E ele deve ser eleito no primeiro turno. Pelo menos é o que indica a Paraná Pesquisa: Campos tem 64% das intenções de voto.
Viva as famílias! Viva as amizades! Viva a política!
* Foto deste texto: Ricardo Stuckert
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