" Posso me considerar sortudo ou infeliz. Considero-me sortudo. Muito sortudo. A minha filha Xana veio morar conosco durante nove anos maravilhosos. Temos mil lembranças dela, vídeos e coisas incríveis."
As palavras são de Luís Henrique Martínez Garcia, 55 anos, técnico do PSG - Paris Saint-German, que nesse sábado, 31, conquistou, pela segunda vez, a Liga dos Campeões da Europa. A primeira foi em 2015, quando comandava o Barcelona.
Mas o técnico - que se torna um dos mais vitoriosos do mundo - sofreu a maior perda no campo pessoal. E nada, nada, se compara com uma tragédia pessoal. Perder um jogo, um campeonato, não é como muita gente fala "uma tragédia". É apenas esporte. Chega a ser ofensivo ouvir alguém dizer isso sobre uma derrota esportiva.
Tragédia é o que Luís Henrique e a família dele viveram em 2019. O treinador perdeu a filha Xana, de apenas 9 anos, para um câncer nos ossos. Em 2015, a menina participou com ele na festa do título em Berlim. Na época, a garotinha estava com 5 anos.
E essa conquista deve ser dedicada à menina. A vitória do futebol conta muito. Mas a superação humana é o que mais importa.
Há que se perguntar, todo dia, de onde um ser humano tira tanta força, como Luís Henrique, para recomeçar. A cada novo despertar é um recomeço.
De sonhos, lembranças e esperanças.
Em 2015 na conquista da Champions League com o Barcelona