"Os professores estão se sentindo vigiados fisicamente, mas também pelas redes sociais. Estão usando as plataformas e redes para vigiar e punir. E essa pressão tem levado ao adoecimento e a morte”.
Palavras do deputado estadual Professor Lemos (PT) na audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Paraná para debater o adoecimento e mortes de professores da rede estadual de ensino. Em menos de uma semana, duas professores morreram por problemas cardíacos dentro de colégios onde davam aula: Rosane Maria Bobato e Silvaneide Monteiro de Andrade. O deputado foi além: "Está ocorrendo um verdadeiro massacre dos educadores".
Segundo o deputado estadual Requião Filho (sem partido), “há uma desconstrução do serviço público. A sociedade está contra o estado e as instituições e isso tem sido alimentado pela extrema-direita”.
O portal Brasil de Fato me informa que a deputada Luciana Rafagnin (PT) também se manifestou:
“Existe uma realidade dos professores e servidores muito ruim. Esse modelo está adoecendo a todos, principalmente como efeito dessa cobrança de metas. O governador precisa compreender que esse não é o melhor para o Paraná. Ainda mais que dados mostram que esse modelo não tem trazido bons resultados para o estado”.
Quem também participou da audiência foi a presidente da APP-Sindicato, professora Walkíria Olegário Mazeto:
"O sindicato tem denunciado esse modelo educacional há anos. Apresentamos uma pesquisa mostrando que a qualidade do ensino piorou e a SEED recusou nossa análise”.
A Secretaria de Educação foi convidada a participar da audiência, mas não mandou representante. O líder do governo e presidente da Comissão de Educação da Alep, Hussein Bakri (PSD), também foi convidado e não compareceu.
Bora Pensar! Pelo visto, não precisa ser um grande especialista, um PHD em Educação, pra saber que a política educacional no Paraná precisa mudar. Que a forma de abordagem dos professores também precisa ser diferente.
* Crédito da foto: Valdir Amaral/Alep
