Manhã de ontem, quinta-feira, 5 de maio, no Colégio Estadual Santa Gemmna Galgani, bairro Barreirinha em Curitiba. A professora Rosane Maria Bobato, 67 anos, passa mal quando dava aula. Foi atendida pelo SAMU. Não resistiu. Causa da morte; infarto.
Sexta-feira, 30 de maio, Colégio Estadual Cívico-Militar Jayme Canet, bairro Xaxim, em Curitiba. A professora Silvaneide Monteiro Andrade, 56 anos, é chamada na direção da escola, pra "se explicar" porque não estava atingindo as metas pedagógicas determinadas pela administração estadual. Causa da morte: infarto.
Menos de uma semana, duas mortes de professoras da rede pública estadual. Óbvio que alguma coisa está fora da ordem do que deveria ser a política de educação do governo paranaense. Óbvio que não é "coincidência" duas educadoras morrerem em menos de uma semana dentro do colégio. Óbvio que a política para essa área precisa mudar. E não é só! Veja esse dado: Em 2024 (e só no ano passado...) quase 9.000 professores (8.888 para ser mais exato) professores foram afastados por problemas de saúde mental nas escolas estaduais!
É um problema que não é de hoje. Vem se arrastando há algum tempo e fica cada vez pior. As mortes confirmam isso.
Espero que não falte vontade política ao governador para fazer as mudanças necessárias: Novos procedimentos pedagógicos? Recapacitação de chefes de núcleos, diretores e pedagogos?
Só notinha de solidariedade dizendo que "lamenta muito" mais essa morte é muito, muito pouco.