Oficialmente são 119 mortos contados pela PCRJ até a tarde dessa quarta-feira. Todos liquidados pelos policiais que mataram antes pra "fazer perguntas depois". E, depois de baixar a bola para o ministro da Justiça e Segurança pública e seu conterrâneo, Ricardo Lewandowski, o governador do Rio de Janeiro, bozonarista Claudio Castro (PL) voltou a se exaltar.
Com certeza depois de ser informado por aspones de que a "operação" foi bem avaliada pela extrema-direita que comemora a matanza. Castro largou essa:
"A gente não vai ficar respondendo nem ministro nem autoridade que queira transformar esse momento em uma batalha política. O recado é : Ou soma no combate à criminalidade ou suma!"
Bora lembrar que quem transformou em batalha política foi o governador . Ele disse nessa terça-feira que havia sido "abandonado pelo governo federal". Foi prontamente chamado de mentiroso pelo ministro.
Para o jornalista Leonardo Sakamoto, "Soma ou suma" é uma atualização de "Brasil, Ame-o ou Deixe-o", slogan da ditadura militar no país de 1964 a 1985.
Prefiro achar que, devido a violência defendida pelo governador e pela extrema direita é "Brasil, Arme-o ou Deixe-o".
Ou você se arma pra matar bandido, já que para os extremistas, "bandido bom é bandido morto", ou vai embora.
Mas...o que fazer com os bandidos golpistas?
* Imagem desse texto: Bruna Fantti/Folhapress
