Otacílio Gonçalves foi campeão estadual por 4 times do Sul do Brasil: Athletico, Paraná Clube, Grêmio e Internacional. Pelo Paraná teve um título nacional: campeão brasileiro da Série B em 1992. Também fez parte da comissão técnica da seleção na Copa América de 1991 disputada no Chile. Dirigiu o Coritiba duas vezes nas décadas de 80 e de 90.
O "Chapinha", como era chamado, estava com 85 anos (já aposentado do futebol há alguns anos) quando morreu nessa terça-feira,18, em Porto Alegre. A causa da morte não foi informada.
Minha maior lembrança, no futebol paranaense, é de Otacílio no Paraná Clube, apesar de ter comandado os 3 grandes do estado no século passado. Talvez porque ele pegou o tricolor da Vila numa época de ouro. O clube estava surgindo (da fusão do Pinheiros com o Colorado, em 1989) e montou esquadrões muito fortes. Na década de 1990 foi pentacampeão paranaense.
Rubens Minelli foi o primeiro treinador da história do Paraná. Também passaram pela Vila, Levir Culpi, Vanderlei Luxemburgo e Sebastião Lazaroni. O tricolor montou essa seleção de técnicos com o apoio de 30 mil sócios que herdou do antigo Pinheiros que era muito forte na área social.
Natural de Santa Maria (RS), Otacílio começou a carreira como treinador nos anos 80. Como muitos técnicos, também foi o que se chama de "cigano do futebol", ou seja, rodou o país comandando vários clubes: Atlético-MG, Palmeiras, Bahia, Portuguesa, Náutico, Santa Cruz, Gama´. No exterior, trabalhou no Japão (Yokohama Flugels), no Paraguai (Cerro Porteño) , na Arábia Saudita (Shabbab) e na seleção do Kwait.
Apesar de ter sido campeão em vários clubes, Chapinha não foi o exemplo de ex-jogador que "virou" técnico. Ele começou a carreira no futebol como preparador físico no Internacional de Porto Alegre na década de 1970. Participou da comissão técnica daquele Inter campeoníssimo que levantou os campeonatos brasileiros de 1975/76/79.
