segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

MEU QUERIDO (QUASE) DIÁRIO

   Acabei de ler um livro que é um "soco no estômago". É "Vozes de Tchernóbil" da escritora ucraniana Svetlana Aleksiévitch. Ela ganhou o prêmio Nobel de literatura de 2015 com essa obra. E nós ganhamos depoimentos surpreendentes, chocantes, aterrorizantes de pessoas que sobreviveram ao acidente nuclear de 26 de abril de 1986. A autora dá voz para dezenas de pessoas (das mais simples às autoridades e cientistas) que viveram na pele aquela tragédia da humanidade.
   Não consegui desgrudar da leitura nas primeiras 40, 50 páginas. Você "cola" no livro de uma forma impressionante. São relatos de cidadãos que viram parentes ou amigos literalmente explodirem diante de seus olhos por causa da radiação que vazou da usina.
   Querido (quase) Diário...agora estou lendo um livro sobre a Lava-Jato (aproveitando as férias do Moro...) intitulado "A outra história da Lava-Jato", do Paulo Moreira Leite. Bom pra saber, também, o outro lado da história (jornalistas não devem ouvir os dois lados, Diário?) e não ler só obras que "endeusam" e bajulam policiais, juízes, procuradores...
   E nas "horas vagas", leio, também, uma coletânea de pensamentos de Ernest Hemingway. O livro, de autoria de A.E. Hotchner ,reúne pensamentos do escritor americano. É "A boa vida segundo Hemingway". Um trechinho: "Hollywood talvez ofereça ao escritor, com generosidade, aquilo que ele vagamente chama de "um pedaço do filme", mas as únicas palavras que fazem sentido pra mim são: Não obrigado. Quero dinheiro vivo, pago antecipadamente".
   Querido (quase) Diário: até amanhã...ou depois...ou depois de depois...

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