Em sua defesa, Jô diz exatamente isso: que jogou o corpo e "acha" que a bola bateu no peito. Essa versão ele deu para um adversário ainda dentro do campo. Mas será que ele "não sentiu" a bola bater no braço? Vamos dar um voto de confiança ao jogador.
Suponhamos que ele não tenha sentido a bola no braço no gol que deu a vitória sobre o Vasco. Mas não dá pra aceitar que TORCEDORES fiquem comemorando que "gol roubado é melhor"... que "foi com a mão mesmo...e daí?". Porque você torce para um time, esse pode fazer TUDO pra vencer? Até gol irregular?
Acho que não! Se cobramos honestidade dos políticos, precisamos cobrá-la de todo mundo no dia a dia: do jogador de futebol, do comerciante que "tenta levar vantagem" num troco, do dono do posto que aumenta o preço do combustível, tendo, ainda, o estoque comprado com o preço velho...
Quando o cara te dá um troco errado - a mais - você vai ficar quieto? Pensar assim: "Ah, mas ele ganha muito, não vai fazer diferença!" Pode não fazer diferença para o empresário, mas e como fica tua consciência, se você tá roubando alguém?
O Brasil do "leve vantagem você também", deve acabar. Mário de Andrade, ao escrever "Macunaíma", descreveu o "herói sem nenhum caráter". É "preguiçoso", "malandro".
O escritor - em sua genialidade - sintetiza os defeitos do povo brasileiro, sem caráter: tem o corpo grande, que representa o Brasil, mas sua cabeça é pequena, simbolizando um país imaturo. Bem definido pelo blog "A Mala da Malandragem".

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