sábado, 17 de março de 2018

"A CUP OF TEA, SIR HAWKING?"

"Depois daquele primeiro chá com Hawking, comprovei que ele adorava sentar-se com os jovens e perguntar sobre nosso trabalho. Nós, sobretudo os estrangeiros, ficávamos inquietos por um lado porque já não o entendíamos muito bem e, por outro, porque temíamos que nossas respostas a suas perguntas não estivessem a sua altura. Era extraordinariamente perspicaz com qualquer tema de nossas teses e tão amável que nunca nos sentimos incomodados por seus comentários. Quando ia embora, ficávamos pensativos e comovidos por uma boa variedade de sentimentos. Acredito que todos nós, uns seis ou sete, guardamos grande carinho e respeito por ele. (...) Ao longo dos anos me dava pena ver como a doença o consumia ao mesmo tempo que me irritava o uso comercial que se fazia dele e de suas penosas circunstâncias. A jovialidade com que tentava explicar suas maravilhosas teorias aos jovens físicos e a força avassaladora de sua vontade são seu melhor legado."
Manuel Lozano Leyva é catedrático de Física Atômica, Molecular e Nuclear na Faculdade de Física da Universidade de Sevilha. Esse é o trecho de um texto que Leyva escreveu para o jornal espanhol "El País". A íntegra do depoimento está em: 
brasil.elpais.com/brasil/2018/03/14/ciencia/1521012530_619853.html
                                                                

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.