sexta-feira, 16 de março de 2018

MARIELLE E A BURRICE DAS REDES SOCIAIS

    Mais do que nunca devo pedir pra que Umberto Eco "baixe" aqui e nos traga seu primoroso pensamento sobre as redes sociais:
    "Dão o direito à palavra a uma legião de imbecis que antes falavam apenas em um bar e depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a coletividade. Normalmente os imbecis eram imediatamente calados, mas agora eles têm o mesmo direito à palavra de um Prêmio Nobel".
    Por que fiz essa evocação de tão nobre escritor/filósofo italiano? Por causa do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes. Vamos lá: seres desprovidos de qualquer capacidade (seria preguiça?) de raciocínio elementar estão afirmando coisas como "Só estão destacando/santificando a pessoa da vereadora. Esquecem do motorista dela. Ele morreu igual"... ou "Quando matam um turista no Rio não badalam tanto o caso quanto a morte dessa mulher"...ou ainda "Matam pobre todo dia e vocês da imprensa não ficam dando tanto espaço".
    Em primeiro lugar, é importante que se diga (é tão tolo afirmar isso, pela obviedade, mas prossigamos): Qualquer morte, seja da vereadora, do motorista, do turista, do pobre, do preto, do branco, do amarelo, do vendedor de picolé, deve ser lamentada. Ponto.
    Agora, porque "só está  se falando dela"? Amigo(a) navegante: é muito simples. Primeiro, pela trajetória de vida da vereadora. Segundo, porque era lutava pelos direitos humanos de mulheres, pobres, pretos....pelos direitos de toda a sociedade. O dia em que eu, você e qualquer terráqueo tivermos o mesmo envolvimento que a Marielle Franco tinha na batalha contra a opressão da sociedade, também seremos lembrados por todos. 

                                                                       

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