Morin disse que "vivemos uma crise do pensamento.[...] Essa crise se manifesta no vazio total do pensamento político, ainda que, há coisa de um século, houvesse pensadores políticos que, mesmo quando se equivocavam, tentavam compreender o mundo, como Karl Marx e Tocqueville".
Para o filósofo, há um grande desafio para o ensino:"Não ensinamos a compreensão do outro, que é fundamental nos nossos dias, não ensinamos a incerteza, o que é o ser humano, como se nossa identidade humana não fosse de nenhum interesse".
Sobre a crise da democracia: "A crise da democracia é o controle do poder político pelo poder financeiro, que é cego, que vê só os interesses imediato não tem consciência do destino da humanidade e foi num momento de crise econômica enorme que provocou a chegada de Hitler ao poder por vias democráticas".
Morin afirma que "vivemos num período obscuro da história, a única consolação é que esses períodos obscuros não são eternos". O filósofo que está prestes a completar 98 anos também falou sobre o papel da imprensa:
"Se quisermos informar o mundo, precisamos de pluralidade de fontes de informação e pluralidade de opiniões. Precisamos de uma imprensa diversa, com opiniões diversas, para que possamos fazer escolhas. Quando a imprensa perde sua diversidade, quando ela é controlada pela força do dinheiro, há uma diminuição do conhecimento e da informação".
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