Aqui o assunto é falta de comida, mesmo! Imagine uma família de pai, mãe e três filhos ter de fazer uma reunião pra decidir qual vai ser a ÚNICA refeição possível do dia? "Eu prefiro o café da manhã..." ou..."Eu quero jantar, porque não dá pra dormir com fome...". Esse é o drama de muitas famílias no (excelente) filme "O Menino Que Descobriu o Vento" (baseado em fatos reais), disponível na Netflix.
O resumo bem resumido: A história se passa no Malawi (país da África, considerado um dos mais pobres do mundo)...Um garoto (Maxwell Simba, ótimo... me lembra o Robinho, ex-Santos...o Robinho deveria ser parecido com ele quando era piá...) quer se dedicar aos estudos. Mas a escola nesse país de governo corrupto é particular (lembra algum país da América Latina?). Os pais paupérrimos, atrasam a mensalidade. Ele é expulso, mas quer muito estudar. Tem tudo pra "dar errado", mas o menino é esforçado. Quer porque quer criar uma engenhoca movida a vento (tipo aquelas hélices de energia eólica) pra ajudar a comunidade a "bombar" água para a agricultura.
Um dos momentos mais emocionantes é o diálogo do piá com o pai dele ( o correto ator Chiwetel Ejiofor, também diretor do filme). Pra quem não lembra pelo nome, Ejiofor estrelou o filmaço "12 Anos de Escravidão". Poizintão, em "O Menino", o pai é um agricultor ignorante, vítima da pobreza avassaladora do país, e o filho tenta explicar pra ele a importância do estudo, do conhecimento.
Um filme bem atual para o nosso Brasil-sil-sil com um governo que dá de ombros para a importância da Educação, para a importância das crianças crescerem formando uma personalidade crítica, buscando, também, nos bancos escolares, o conhecimento pra conquistar uma vida minimamente digna.
"O Menino que Descobriu o Vento" foi lançado em 2019.
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