Formado em Jornalismo, depois de ter feito dois anos de Odontologia, Gugu dedicou a vida ao que mais gostava: a comunicação popular na televisão. Desde muito jovem foi auxiliar de produção do programa Sílvio Santos. Foi apresentador no SBT e na Record. Na década de 80, chegou a assinar um contrato com a Globo, mas não mudou para a Poderosa porque Sílvio Santos intercedeu junto a Roberto Marinho. Oficialmente, a informação é que Sílvio iria fazer uma cirurgia e precisava de Liberato para substituí-lo.
Os programas que apresentou sempre foram de forte apelo popular: "Viva a Noite", "Sabadão Sertanejo", "Domingo Legal" e "Programa do Gugu". O "combo povão" que garantia audiência tinha muita música sertaneja e/ou pagode, histórias sensacionalistas e muitas mulheres bonitas com trajes sumários. No "Domingo Legal' (que travava uma guerra de minuto a minuto com Faustão no Ibope) um quadro "fez história": A "Banheira do Gugu" que reunia moças subcelebridades de biquini com cantores e atores de segundo escalão pra baixo, vestidos só de sunga, que, literalmente, "se atracavam" na banheira sob o pretexto de "pegar sabonetes", mas que, na verdade, era um jogo sensual em frente às câmeras, em rede nacional.
Mas Liberato nunca foi o único, nem o primeiro, nem será o último a fazer isso. Nessa guerra pela audiência, Faustão atacou com aquele malfadado quadro do "Sushi Erótico".
A televisão aberta no Brasil sempre foi a "cara" do brasileiro comum: extremamente popular, sensacionalista, emotiva, com a única finalidade de divertir e de servir pra passar o tempo. Diversão, diga-se, de gosto duvidoso. Pão e circo para o povo.
Os donos de concessões de emissoras, cada vez menos, têm interesse em oferecer algo com um nível intelectual melhor. É assim no esporte, no entretenimento e chegou, também, ao jornalismo que, a cada dia, vira mais show popular e menos informação.
Augusto Liberato entra para a história como um dos ídolos dessa TV que se criou no Brasil: Muito popular. Um retrato do jeito de ser e de viver do brasileiro da periferia. O país de Gugus, Faustões, Ratinhos, Chacrinhas...
A "BANHEIRA" ERA DO TEMPO EM QUE A EROTIZAÇÃO DA MULHER ERA VISTA COMO ALGO NORMAL
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