É, até parece mais uma anedota da turma do grupo "Porta dos Fundos", mas não é! o PF produziu e a Netflix está exibindo o "especial de Natal" intitulado "A Primeira Tentação de Cristo", uma sátira da história que apresenta Jesus Cristo gay tendo um caso com o capiroto. Deus vive um triângulo amoroso com José e Maria.
Um programa assim enfureceu a "Bancada da Bíblia" que conseguiu aprovar um convite para a Netflix "se explicar" na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e informática da Câmara dos Deputados. A gigante mundial do streaming preferiu, até agora, não se pronunciar sobre o "convite".
Minha gente, voltamos à Idade Média! Só falta os parlamentares carolas pedirem que o elenco do PF e os executivos da Netflix sejam queimados vivos em praça pública! É a volta da Inquisição. Cérebros medievais que acreditam que governo e religião devem se misturar. Querem o poder público e o poder de Deus no mesmo balaio.
Quando a censura ainda existia no Brasil (até os anos 80), discos (os LPs) muitas vezes saiam com músicas censuradas. Mas essas faixas vinham riscadas, ou seja, inutilizadas. Os censores destruíam a obra do autor e os fãs pagavam por isso comprando um disco com uma música a menos...
Agora que não existe (praticamente...) mais discos, eles querem que exibidores de produções audiovisuais (como o programa do "Porta", por exemplo) retirem de exibição essas obras. Isso tem nome: censura!
Vamos lembrar o básico: Censura faz mal pra todo mundo. Seja de esquerda, de centro ou de direita. É simples: Se você não gosta de algo, é só não ver, não ouvir ou não ler. Pode até dizer pra todo mundo que não suporta aquilo. Mas não pode defender a proibição.
Como já disse Caetano Veloso: "É proibido proibir!"
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