segunda-feira, 30 de março de 2020

"CALMA, SOU APENAS UM SOLDADO DO QUARTEL...NÃO SOU O FUHER!!!"

 
    A pessoa trabalha em determinada empresa (de qualquer setor) e é "cobrada" por amigos, colegas, parentes, "seguidores" da rede social, sobre o comportamento (seja político, social, econômico) do patrão dela. Aí essa pessoa se sai com a resposta mais fácil (e ao mesmo tempo canalha): "Eu só trabalho lá, não sou o dono!"
    Como se isso a "isentasse" do processo todo de produção. Deve, então, pedir demissão? Seria o mais digno. Isso se ela não concorda com a "filosofia" da casa. Se estiver de acordo, tudo bem! Mas se não aceitar a "linha de trabalho" e ao mesmo tempo ficar quieta - aí é caso de "cumplicidade".
    Sim! Pode depender daquele emprego para sobreviver. É justo. Mas que ao menos deixe claro (principalmente para o patrão) que não aceita certas atitudes. Isso também de uma forma elegante, pode ser externado para o "público de fora", pra mostrar que não é o popular "banana".
    Mas há os que ficam em determinada empresa por interesse, pelas "benesses" que recebem. Isso seria, por exemplo, um bom salário que lhes permitisse viajar (ops! agora não dá...) para a Europa; pra colocar o colocar o chapéu de Mickey na Disney; comprar um carro novo; uma casa confortável....ou seja, meio que vendendo o caráter... afinal, já foi dito que "todo mundo tem um preço"... Aí esses vendilhões de personalidade concordam com o que o chefe diz...Quem é louco de discordar?
    Há, também, uns que usam outro "argumento" contra aqueles que já deixaram a firma (muitos por demissão): "Você fica reclamando do que a gente faz agora... como se você fizesse diferente. Como se você fizesse melhor!" Essa é uma das coisas mais calhordas que alguém pode dizer sobre e/para quem já não trabalha mais no mesmo lugar.
    Em primeiro lugar, porque quer "proibir" o outro de ter/dar opinião. Como se o calhorda, um dia, também não pudesse ser mandado embora ou sair por outro motivo qualquer... Em segundo lugar,  como se ele não visse (ou fingia que não via...) que a pessoa que saiu, fazia, sim , a diferença, que brigava pelas suas ideias.
    Essa de dizer que "eu só trabalho lá, não sou o dono..." é uma afirmação, sendo minimamente elegante, infeliz. Você conhece a linha de pensamento do dono...sabe o que ele vai te cobrar, te permitir ou proibir de fazer... sabe o que a empresa faz (e não faz!) pra produzir...e assim mesmo tenta (se) enganar dizendo que não tem nada a ver com isso?
    É o recruta que vendo todas as atrocidades cometidas pelo Fuher, se escondia atrás do argumento: "Eu sou apenas um soldado...."