quarta-feira, 1 de abril de 2020

A NOITE EM QUE BOLSONARO FOI PARA O PAREDÃO DO BBB

 

    Em 20 edições de Big Brother Brasil, devo ter assistido, se muito, uns 2 "episódios" (e ainda pela metade). A "atração" primeiro foi comandada pelo filósofo Bial; depois, pelo grumete dele, Leifert. Mas não tenho nada contra quem assiste. Cada um ocupa seu tempo livre da maneira que achar melhor. Ainda mais em tempos de coronavírus que "não dá" pra sair de casa...
   Mas por falar em ocupar o tempo, sugiro ler o Big Brother original, onde "tudo começou": É o livro (extraordinário) que virou filme, "1984", de George Orwell. Na sociedade narrada pelo autor, todo mundo está sob vigilância total das autoridades. As pessoas são constantemente "bombardeadas" pelas frases repressoras do estado: "O Grande Irmão zela por você"....ou...."O Grande Irmão está te observando".
    Na televisão, o formato de "reality show" surgiu em 1999 na Holanda. No Brasil, está no ar desde 2002.  Nessa noite de 31 de março, o episódio "bombou" com 1 bilhão (eu disse um bilhão...) e 500 milhões de votos. Foi eliminado um tal de Prior, que dizem ser machista e ter a simpatia de Neymar e de Dudu Bolsonaro....
    Essa última noite de março foi, mesmo, marcante: Além da "eliminação" do rapaz lá da "casa", teve, ainda, o "seu Jair" no Paredão. Ele tomou o maior panelaço registrado em todo o país, até agora. Isso durante/depois de mais um pronunciamento dele. Foi para o "paredão" do Grande Brasil. Está "quase eliminado". E quando saiu o resultado do "paredão" do Grande Irmão, foram aqueles gritos esgoelados de felicidade e  berros  de "Fora, Bolsonaro", misturados. Ou seja, o Messias e o Prior têm alguma coisa em comum...
   
     Obs: Se quiser mais entretenimento/cultura de melhor qualidade - com aquela dose de competição insana -  (além do livro "1984", do Orwell), sugiro o livro "Mas não se matam cavalos?", de Horace McCoy (1897-1955) publicado em 1935. O resumo bem resumido: Nos EUA da crise, pós-depressão de 1929, existiam os "salões de dança", onde casais participavam de maratonas , dançando dias seguidos, indo até o limite do corpo. Depois dessa degradação de corpos e exposição de dramas pessoais, o casal que aguentasse em pé, levava uma grana, que também não era lá uma fortuna. O livro virou filme, em 1969, com o título de "A Noite dos Desesperados", dirigido por Sydney Pollack, com Jane Fonda num dos papéis principais.