quarta-feira, 8 de abril de 2020

BRASIL, DE TANTAS EMOÇÕES: DE MÉDICO "LINGUARUDO" A JORNALISTA MANÉ...

    Esse país é uma emoção a cada hora (não dá pra dizer que é "a cada dia", porque, como diria o Rei Roberto Carlos..."são taaaannnntas emoçõõõõõeeesss"): Primeiro, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirma que "está descartado o uso da cloroquina até que os estudos científicos nos provem que é eficaz". Daí...no momento seguinte diz que "tá liberada, nos hospitais, para pacientes em estado grave ou moderado".  Essa é a primeira emoção.
     Tem mais: surge a história de que, no dia do "fico", Mandetta foi chamado, antes, numa "salinha", pra acertar a assinatura do tal protocolo de "flexibilização" da cloroquina. Estariam presentes dois médicos favoráveis ao remédio. Quem eram esses doutores, doutor Mandetta? É a segunda emoção.
    Nesse meio tempo (entre as pesquisas sobre o uso do medicamento), emerge a notícia de que o dr. Kalil (lá do Sírio Libanês) usou e informou que usou a cloroquina. Aí temos um problemão ético enorme. Não? Em nome da ciência, caberia ao médico não dizer nada. Como fez o doutor Uip. Esse se recusou a responder essa pergunta. O motivo é simples: Se as autoridades de saúde ainda estudam a eficácia comprovada da cloroquina, como é que alguém que é exemplo na área médica, formador de opinião, vai dizer se tomou ou não tomou esse remédio? Se a resposta for sim, pode representar o "estouro da boiada" em direção às farmácias e aos consultórios pra pedir a "cloro". É a terceira emoção.
    E o que dizer dos jornalistas (principalmente de televisão...) que ficam dizendo e reafirmando todo dia, o dia todo, "fiquem em casa... saiam só se for realmente necessário".... e são "flagrados" andando ou correndo em parques e/ou calçadões de praias? E quando questionados dão uma de "boca dura" e ainda afirmam: "Eu não faço parte do grupo de risco!".... Não, mané?! E se você pegar o coronavírus (não ficar doente, mas passar para alguém do grupo de risco?). Teu cérebro do tamanho de um bago de feijão não pensa nisso? E o teu "belo exemplo" não vai acabar sendo seguido por muita gente?: "Se o fulano, que é jornalista, pode se exercitar na rua, eu também vou!". E ao verem a atitude saudavelmente exemplar desses homens e mulheres de imprensa, afirmarão: "Cara, eu sou muito idiota....fico me exercitando em casa, levantando cadeira e sofá, dando pique no lugar, enquanto essa pessoa desfila no calçadão...."
    Essa é a quarta - e última - emoção do momento. Mas deve vir mais...


"Vou pegar uma cor. Não faço parte do grupo de risco". Ah, essa República...