sexta-feira, 15 de maio de 2020

DEMISSÃO DE TEICH É O DIAGNÓSTICO DE UM GOVERNO TERMINAL

   

     Nelson Teich foi quando nunca deveria ter sido. Assumiu a imensaaaaaa responsabilidade de substituir um ministro (Luiz Henrique Mandetta) que tinha mais popularidade que o chefe dele. Mandetta "caiu" do Ministério da Saúde por acreditar que a ciência deve prevalecer sobre o curandeirismo medieval. 
    Teich chegou com aquela responsabilidade: substituir o camisa 10, querido da torcida, e mostrar a mesma competência. Sim, também é "egresso" da medicina privada (leia-se planos de saúde), e ficou apenas um mês no cargo. "Tomou bordoada" de todo o lado. Sofreu até preconceito por causa da aparência e da "animação" dele ao falar em público. Mas o que deve ter doído mais foi o fato do chefe agir à sua revelia. Por exemplo: Teich só ficou sabendo que academias e salões de beleza estavam liberados pra atender ao público, através da imprensa. Decisão do ex-capitão que nem quis saber a opinião do subordinado sobre o assunto.
    No começo, Nelson Teich deu a impressão de que "compraria" as ideias do Messias no enfrentamento do coronavírus. A obsessão do ex-capitão pela cloroquina é uma delas. Mas o ainda ministro "decepcionou" quem acreditava que ele apenas diria amém ao presidente.
    Muito magoado por tudo o que enfrentou nesse um mês, pediu demissão nessa sexta-feira. Justamente por causa da cloroquina. A informação é de que a declaração dele foi exatamente essa:
     "É o dia mais triste da minha vida. Mas não vou manchar a minha história por causa da cloroquina". O agora ex-ministro, que é médico oncologista, tem muitas dúvidas sobre o uso do remédio. O presidente, que não tem formação na área médica, não tem.
    O mal maior do Messias na administração do país não é o risco da covid-19. Afinal, ele já apresentou 3 resultados (usando 3 nomes diferentes...) que deram negativo para o coronavírus. O grande problema dele é a insegurança. Tem que reafirmar, a todo momento, que é o presidente; que é ele que manda; que se as coisas não forem do jeito que ele quiser, demite ou faz pedir demissão.
    Chefão de um governo que está imobilizado, não sabe o que fazer, diante da imensa crise de saúde que o país enfrenta. Se não fosse pela iniciativa dos governadores, a situação já teria chegado ao caos. Na área econômica, que precisa dar sustentação à administração federal, o imobilismo também é gigantesco. Não se ouve falar mais em Guedes....não se comenta enfrentamento da crise financeira, não se diz como diminuir os 12 milhões de desempregos que destroem famílias. Na Justiça, a saída de Moro arranhou, de vez, aquele verniz de "credibilidade", que o Planalto ainda tinha.
    Pobre povo brasileiro: Se os políticos de oposição (e mesmo os de situação que ainda pensam um pouco) nada fizerem para uma mudança de comando no Brasil, corremos o risco de ter um zumbi arrastando correntes por longos 2 anos e meio e gritando, feito doido (mais do que já é...):
    "Sou eu que manda aqui! Eu sou o capitão dessa embarcação!"
    Vá afundar com o navio fantasma em outros mares!