Um programa de televisão no estilo "várias pessoas entrevistam uma pessoa" me chamou a atenção. Não pela conversa "em si" no programa (confesso que não aguentei ver mais do que 5 minutos...), mas pela "repercussão" nas redes sociais de uma das entrevistadoras.
Isso me pareceu ser o mais importante. "Seguidoras" e "seguidores" da referida dona da rede social acharam tudo maravilhoso. Que ela é inteligente (e acredito que ela realmente é); que ela é bem informada (também acredito ser verdade); que tudo o que ela diz é sensacional (aí não entro no exagero...). Esse povo também garantiu que o convidado para a entrevista só disse coisas interessantíssimas, que foi a escolha certa dos produtores da atração. Agora....quem "ousou" discordar, tomou "sapatada" e "sandaliada" da cabeça aos pés.
Começo a desconfiar que vem daí a denominação de "seguidor" ou "follower" (como diriam os criadores do instagram e do twitter). Creio que a maioria de quem "segue" alguém se encaixa na definição de "gado". São "fanzocas de auditório", como se dizia antigamente. Tudo o que o "seguido" fala é lei. Claro que tem aqueles que entram na rede social dele pra "zoar", "xingar", mas aí é porque é "inimigo", mesmo. Falo aqui em critérios de argumentos, em pensar diferente. Não em "destruir".
Lá venho eu com um "pouco" de ingenuidade: O Facebook (que não é o céu, apesar de muitas pessoas quererem pintá-lo assim...) pelo menos permite que você tenha a opção de ser "amigo" da outra pessoa e não "seguidora". Acho que você procura "ser amigo" de alguém por alguns princípios básicos: Vocês já são amigos/parentes "na vida real"; você pode não conhecer a pessoa "pessoalmente", mas a admira pelas suas ideias/seu jeito de ser. Se discorda de alguma coisa, você fala, mas civilizadamente.
Já o gado apenas "curte" uma pessoa e a admira com fé cega. Não tem senso crítico. Não pensa, não tem amor próprio.