sábado, 6 de junho de 2020

CARLOS WIZARD: É TÃO "WIZARD" ASSIM?

 

    O empresário, homem de fé, palestrante, executivo, escritor e professor de inglês, Carlos Wizard Martins, curitibano de nascimento, 63 anos, é o novo secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde. Ou seja, vai ter papel decisivo no combate ao coronavírus, mas sem ter nenhuma experiência na área de saúde.
    Martins é competente (isso não se nega) pra fazer fortuna: Com a rede de escolas de inglês criada por ele, ficou bilionário. O patrimônio é estimado em 2,8 bilhões de reais e está na lista dos bilionários da revista Forbes.  Filantropo, diz que vai doar o salário de ministro. São aproximadamente 31 mil reais por mês.
    Bolsonarista, chega ao governo defendendo o "kit de tratamento precoce" da covid-19 que inclui a...cloroquina! Humilde, afirma que não entende de saúde, mas que vai contribuir com a experiência como executivo e empresário.
    O Brasil já soma mais de 35 mil mortes por coronavírus. O total de óbitos é maior do que a gripe espanhola matou no começo do século passado no país. Precisando de profissionais muito, muito experientes nessa área, o Messias resolve nomear um empresário sem histórico nenhum na área de saúde.
    Carlos Martins (que incorporou o "Wizard" ao nome dele), se justifica dizendo que:
    "O presidente da OMS também não é médico".
    Se for para analisar apenas o "diploma", Martins não está errado. Tedros Adhanom é formado em Biologia. Mas...é doutor em saúde comunitária; pesquisador especializado em infectologia; foi ministro da Saúde da Etiópia durante 7 anos; foi eleito, em 2009 (para um mandato de 2 anos), presidente do Conselho Global de Combate à AIDS, Tuberculose e Malária. Ou seja, Adhanom entende "um pouco" de saúde, apesar de não ser médico, não é mesmo?
    Já Carlos Martins  vai ter de ser "Wizard" para combater o coronavírus no Brasil.