Nessa segunda-feira, 22, 140 mil alunos voltam às aulas na rede municipal de Curitiba. A Prefeitura "comemora" que foi uma decisão dos pais o sistema de ensino a ser usado pela maioria (híbrido com uma semana na escola e uma semana estudando em casa via videoaula; ou totalmente remoto, com estudo só em casa via computador).
De acordo com o alcaide, 61% dos pais "optaram" pelas aulas híbridas (casa e escola). Mas vamos lembrar ao nobre prefeito Rafael, que pandemia e educação são dois assuntos seríssimos pra deixar que "pai e mãe decidam". Não basta apenas a "vontade" dos responsáveis pelas crianças. É uma questão técnica e científica. Especialistas afirmam: Voltar à escola sem vacina (para crianças e professores) é muito arriscado. O local, com circulação de pessoas, pode se tornar mais um centro de contaminação. Ainda: Os pais tem a vontade de que os filhos voltem aos colégios e CMEIs, algo perfeitamente compreensível, mas muitos deles não têm a noção da gravidade disso. Não têm a informação/conhecimento científico pra dar uma opinão segura.
Se há condições de se fazer o "ensino remoto", que apenas esse fosse usado até que chegassem as tão esperadas vacinas.
E já que o assunto é aula, fica aqui um "puxão de orelha" ( atenção professores, nunca façam isso com seus alunos!) nos vereadores curitibanos: A maioria dos edis aprovou a Educação como "serviço essencial", ou seja, pra dar uma "retaguarda" jurídica pra Prefeitura "se garantir" caso o coronavírus se espalhe entre a estudantada e os mestres.
Se os vereadores consideram Educação como "essencial", nesse projeto deveria se condicionar a volta às aulas só com a vacina para professores e funcionários das escolas. Mas aí não daria para os alunos retornarem nesse momento...
E a preocupação, pelo visto, do maior número de vereadores, é apenas referendar, confirmar, o que o prefeito Rafael quer. Fiscalizar? Nem pensar!
Sobre a votação dos pais para que a criançada pudesse retornar às escolas, fica uma dúvida no ar: Já pensou, nobre prefeito, se 61% dos curitibanos decidissem não pagar IPTU?
Aí não pode, né?! Mas pode ser a vontade popular...