sábado, 27 de fevereiro de 2021

GLOBO NÃO PODE CRITICAR O PRESIDENTE MESSIAS (ALERTA DE IRONIAS)

   


  Só a Globo não pode criticar o presidente inominável. A Vênus Platinada apoiou o golpe de 2016 e foi, digamos, "simpática" à eleição do Messias. Basta ver o comportamento da Poderosa no segundo turno de 2018. O sujeito não compareceu ao debate e ela "se fingiu de morta" em vez de fazer uma entrevista com o único candidato que se dispôs a debater ideias, a apresentar os projetos dele para o país.
   Mas por que a emissora fez isso? Por um motivo muito simples: entre uma proposta popular, de divisão de renda e um projeto neoliberal do capitão cloroquina, ficou com o segundo. "Apesar" de ter de engolir o Messias, apostou todas as suas fichas nas ideias que Guedes dizia que iria implementar no Brasil. Também pensou que o inominável seria "fácil de domar". Só que se deu mal. Jornalista de ar condicionado não conhece cavalo xucro no campo.
    Agora não adianta o locutor William ficar brabinho no ar, criticando, fazendo cara de choro. Quando era pra TV do Jardim Botânico mostrar quem era o capitão cloroquina (antes da eleição) não fez isso.
        E olha que já temos alguns "arrependidos" que vão tentando "reescrever" a história. A "Folha" "abandonou" Moro e disse, pela primeira vez essa semana, que o ex-juiz é suspeito no caso da condenação de Lula. E, de forma inacreditável (o dono deve estar de férias...) chegou a afirmar num editorial:
    "Ficou evidente que o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) não teve um julgamento imparcial no caso do famigerado apartamento do Guarujá (SP)".
    Agora surge a informação que o jornalista neoprogressista Reinaldo Azevedo fez uma autocrítica e diz que foi um erro ele ter apoiado o golpe contra a presidente Dilma Rousseff.  E garantiu:
    “O PT foi perseguido porque era o eixo que estava no poder, mas a Lava-Jato na verdade é uma ação muito mais nefasta, é uma ação contra a política. É o partido da polícia, que não foi votado por ninguém e segue sua agenda. Isso nos levou a Bolsonaro, porque levou à destruição do ambiente político. Acho que todos nós, independentemente de vieses ideológicos, tínhamos que ter repudiado isso como princípio”.
    Dito tudo isso, ficamos à espera que a Globo também faça uma autocrítica com relação ao golpe de 2016, à eleição do Messias e à cobertura que fez na Lava Jato.
    A partir disso, a gente vai pensar se a Poderosa pode - ou não - criticar o atual governo que, de uma forma ou de outra, ajudou a eleger.