segunda-feira, 12 de abril de 2021

DIÁRIO DA AMÉRICA BRONZEADA: KAJURU E MESSIAS MERECEM O OSCAR DE "MELHOR INTERPRETAÇÃO"?

      


  A entrega do Oscar 2021 vai ser no dia 25 de abril. Faltam poucos dias, mas será que ainda dá tempo de "inscrever" mais dois candidatos a Melhor Ator? Seriam o presidente Messias e o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO). Por que isso? Porque, no STF, o diálogo entre os dois (divulgado pelo parlamentar) está sendo considerado um "teatro armado" entre eles só pra constranger ministros do Supremo. É o que nos informa a coluna de Mônica Bergamo.
    Magistrados disseram que a conversa entre os dois não teria sido espontânea, mas bem combinadinha. Tipo um script. Na gravação, o ex-capitão cloroquina pede que a CPI da Covid "investigue mais". Ou seja, não só ele, mas governadores e prefeitos. 
    Bora lembrar que nessa quarta-feira, o STF deve decidir se determina - ou não - a instalação da CPI no Senado para investigar a atuação do governo federal no combate ao coronavírus...
    Mas...na conversa divulgada por Kajuru, o Messias pede a ele que pressione o Supremo para fazer tramitar um pedido de impeachment que já existe contra o ministro Alexandre de Moraes. Aí estaria a "armação" do constrangimento.
    Quanto à possível CPI, o que os ministros podem decidir: Que a Comissão Parlamentar de Inquérito seja instalada, mas só depois que os senadores voltarem às sessões presenciais. Ou seja, deve demorar muito tempo...
    O curto período de Kajuru no Senado já foi suficiente para ele se meter numa série de encrencas. Polêmica, por sinal, é o que nunca faltou na carreira dele como cronista esportivo. Falando especificamente sobre política, ele é o senador que mais tem processos no STF. É acusado de crimes contra a honra. Em apenas 5 meses de mandato, já acumulava 9 ações no tribunal. A maioria por ofensas em redes sociais. Mas Kajuru (assim como todos os outros senadores e deputados) têm a proteção da Constituição Federal: Ela dá aos parlamentares imunidade para expressar a opinião  de forma livre. Mesmo que ela seja ofensiva. 
     Um exemplo: em outubro do ano passado, o ministro do STF, Celso de Mello, extinguiu uma queixa-crime do governador de São Paulo, João Doria (PSDB) contra Kajuru. Doria processou o senador por injúria e difamação. O governador considerava que o parlamentar o havia ofendido numa entrevista à Veja. No entanto, para o decano da Suprema Corte, não houve crime porque a entrevista estava protegida pela clausula constitucional da imunidade parlamentar.