Em entrevista ao "Manhattan Connection", o apresentador e autor da biografia chapa-branca de Roberto Marinho, Pedro Bial, foi perguntado se tem alguém que não entrevistaria no programa dele. Respondeu sem pestanejar:
"O Lula já até disse que gostaria de fazer o programa comigo, mas tinha que ser ao vivo. Pode até ser ao vivo, mas teria que ter um polígrafo [detector de mentiras] acompanhando as falas dele".
A fala de Bial caiu muito mal nas redes sociais e repercutiu, também, na imprensa. NO UOL, por exemplo, o colunista Maurício Stycer sapecou: "Bial comete grosseria gratuita com Lula em entrevista à TV Cultura".
"O que é a natureza", como diria Zé Trindade. Pedro Bial foi um bom repórter. Chegou a correspondente internacional e uma de suas principais coberturas foi a queda do muro de Berlim. O problema dessa época é que queria transformar qualquer texto de reportagem em poesia brega, barata. Assim, foi um caminho natural ir para o BBB, um dos maiores exemplos de baixa qualidade cultural da TV aberta brasileira.
Hoje tem um programa de fim de noite pra "substituir" Jô Soares. Claro que não seria ele a pessoa indica para essa missão. No caso dele, impossível. E isso fica claro no comportamento em relação ao ex-presidente. Ou é um ressentimento pessoal ou fala em nome da empresa. Ou os dois.
Também há que se lamentar a situação de Lucas Mendes. Esse sim, um dos maiores jornalistas que a nossa televisão já teve. Grande correspondente internacional, com o texto "afiado", irônico na medida certa. Mas... Lucas entrou na fase final da carreira comandando um programa que tem a "conexão" com o conservadorismo. É só lembrar, que há pouco tempo, o ex-ministro Fernando Haddad sofreu ofensas de um tresloucado desse programa, o Diogo Mainardi.
É triste ver Mendes rindo, meio constrangido, da grosseria de Bial e das ofensas de Mainardi. Mas ele "tem que rir" porque acaba seus dias profissionais naquela bancada.
Veja a grosseria de Pedro Bial:
(fonte: YouTube)
