Em 30 de abril de 1981, a chamada "linha dura" verde-oliva tentou um ato de terrorismo no Riocentro, Rio de Janeiro, durante um show musical. Bora lembrar que vivíamos o último governo militar do país, o de João Figueiredo. Mas a ação não deu certo. A bomba literalmente explodiu no colo de dois militares que estavam num carro Puma no estacionamento do lugar. Na explosão, morreu o sargento Guilherme Pereira do Rosário e ficou gravemente ferido o capitão Wilson Machado.
Conta o pesquisador Bernardo Pasqualette (autor de biografia recente sobre o último general no poder durante a ditadura), em reportagem do portal Rede Brasil Atual, que Figueiredo "até pensou" em investigar o caso, mas acabou "optando por ficar com os companheiros de caserna". Oficialmente, ninguém foi responsabilizado pelo atentado. Seria, de acordo com procuradores e jornalistas investigativos, "uma ação de extremistas de dentro do governo".
Ainda de acordo com o que foi apurado na época, outra bomba explodiu perto do gerador de força do Riocentro e haveria mais uma atrás do palco onde os músicos se apresentavam. Cerca de 20 mil pessoas estavam na plateia.
Esse continua sendo o segredo mais guardado da ditadura. Um inquérito policial-militar, IPM, deu em nada.
Outros destaques sobre o caso Riocentro você vê no site Rede Brasil Atual.
