quarta-feira, 19 de maio de 2021

GENERAL PAZUELLO COLOCA MESSIAS NUM "CARRO BLINDADO" E TERCEIRIZA RESPONSABILIDADES

   


     Pra quem achava que o general e ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, iria se comportar como uma estátua no depoimento nessa quarta-feira, 19, se enganou. Ele está respondendo, mas do "jeitão Pazuello de ser". Lembra que uma vez ele já disse "manda quem pode e obedece quem tem juízo"?
    Posintão... no resumo da manhã de depoimentos, ele quase nem citou o chefe dele no governo. Ao ser perguntado se recebeu pressão pra adotar a cloroquina como prática recomentada de tratamento, disse que não. Ao ser perguntado se sofreu interferência da Presidência na administração da Pandemia, também negou. Quando questionado por que deixou o governo, apenas respondeu: "Missão cumprida".
    O relator Renan Calheiros (MDB-AL) informou que tanto Mandetta quanto Teich, disseram na CPI que saíram do Ministério porque se sentiram pressionados pelo presidente. Perguntou se ele, Pazuello, também sofreu algum tipo de pressão, voltou a simplesmente dizer: "Não!"
    Sobre a norma que permitia que médicos receitassem cloroquina para pacientes com covid-19, afirmou que a decisão foi tomada numa reunião de secretários do Ministério da Saúde. Disse que eram seis. Mas não conseguiu lembrar nem a metade dos nomes dos que estavam reunidos. 
    E de onde teria partido a ideia de fazer a nota de recomendação do uso de cloroquina? De acordo com o ex-ministro, eles seguiram uma "recomendação" do Conselho Federal de Medicina....
    Todo mundo sabe que, em 2020, um laboratório do Exército produziu comprimidos de cloroquina a "todo vapor". Milhões deles. Foi questionado: "O senhor mandou o Exército produzir esse remédio"? Resposta: "Não!".
    Nova pergunta: "Então, sabe quem mandou fazer?"
    Resposta: "Não".
    Pazuello, Mandetta e Teich tiveram a mesma resposta. Bora Pensar! A pessoa não precisa ser nenhum "bidu" pra adivinhar de onde partiu a ordem... Se não foi do ministro da Saúde (o principal interessado, em tese); o ministro do Exército é que não mandaria fazer o remédio. Então...