segunda-feira, 14 de junho de 2021

FERNANDA TORRES DIZ QUE NÃO É NEGACIONISTA: "POR TER CASOS DE TROMBOSE NA FAMÍLIA, PROCUREI PELA PIFZER NOS POSTOS"

 


      A atriz Fernanda Torres, 55 anos, tomou a primeira dose da vacina contra a covid-19 nessa segunda-feira  no Rio de Janeiro. Ela afirma que chegou a procurar se haveria disponibilidade do imunizante da Pfizer, por ter casos de trombose na família e pelo fato da Astrazeneca (que o médico dela garantiu ser muito segura) poder causar casos raríssimos de trombose. Fernanda soube que a Astrazeneca é muito eficaz e segura.
    Ela comentou sobre isso numa rede social:
     "Eu tive COVID em dezembro, uma doença insidiosa, que começa quando o quadro viral termina. 14 dias depois da infecção, tive uma alta súbita do D-Dímero, tomei anti-coagulante, o marcador baixou, mas até hoje não retornou ao nível normal. Tenho casos de trombose na família e mesmo sabendo do risco ínfimo, mais do que ínfimo, da vacina da Astrazeneca, procurei pela Pfizer nos postos, cuja chegada ao Brasil havia sido anunciada nos jornais dois dias antes da minha data de vacinação. Fui como qualquer cidadão, não tive informação privilegiada e não pedi que alguém checasse no meu lugar porque achei que aquele era um ato que cabia a mim. Também não furei fila ou forjei atestados. O fato tornou-se público e contribuiu para alimentar o negacionismo, criando uma desconfiança infundada em torno da Astrazeneca, uma vacina extremamente eficaz e segura.
Minha mãe tomou a segunda dose da Astrazeneca há um mês, meu irmão tomou Astrazeneca, bem como o meu enteado transplantado. Hoje, em respeito à Fio Cruz, com toda a segurança, tomei a primeira dose da vacina Astrazeneca.
Esperei muito por essa hora e estou feliz e aliviada de ela ter chegado. Continuarei usando máscara e mantenho o distanciamento social, até que o Brasil alcance uma taxa de vacinação compatível com o retorno a uma vida próxima do normal.
Por último, gostaria de ressaltar o excelente trabalho que vem sendo feito pela secretaria de saúde da cidade do Rio de Janeiro, no sentido tanto de adiantar o calendário, quanto de distribuir as vacinas disponíveis de maneira justa, por todas as regiões da cidade, sem preferência de cor, credo ou classe social.
Sei, na pele, que mesmo na forma branda a COVID é uma doença misteriosa, ainda desconhecida, que deixa sequelas.
A melhor escolha é a vacinação."