segunda-feira, 14 de junho de 2021

DIÁRIO DA AMÉRICA BRONZEADA: O PLANO ERA NÃO TER PLANO PRA COMBATER A COVID

    


     O coronavírus deu as caras aqui no Brasil no fim de fevereiro de 2020. Mais precisamente no dia 26. Foi quando se registrou o primeiro caso de covid-19 em terra brasilis. Na Europa, o bicho "já estava pegando" com centenas de casos registrados. Em 12 de março, foi confirmada a primeira morte de uma pessoa brasileira pela doença. 
    De lá pra cá é história. Uma história diária de tragédias causadas pelo coronavírus. Já são quase 500 mil mortos em um pouco mais de 1 ano e 3 meses de pandemia. O que era de se esperar que o governo do país fizesse? Que logo em março/abril de 2020, criasse um "gabinete de crise" (que até hoje não existe) reunindo presidência, governos e prefeituras para enfrentar o problema. 
    Não dá pra dizer que "a gente não previa a dimensão do problema". Dava pra prever, sim! Porque os países das Américas tiveram um "tempo" de uns 2 meses para um planejamento em relação à Ásia e a Europa, onde os casos de contaminação/morte já eram muitos.
     Aí tem a novela da compra/não compra vacinas. Em depoimento na CPI da Covid, o médico e ex-presidente da Anvisa nos governos do PT, Cláudio Maierovitch, afirmou: "A intenção do atual governo de fazer uma 'imunidade de rebanho' era clara.... que morressem os mais fracos e aqueles que sobrevivessem iriam tocar a economia. Óbvio que isso era um absurdo!"
      Com relação à vacina, foram dezenas e dezenas de ofertas que o Planalto recusou dos laboratórios. Só da Pfizer foram mais de 80(!) memorandos. No primeiro, a empresa chegou a oferecer o produto com 50% de desconto em relação ao preço cobrado de países ricos...
    Agora o portal Brasil 247 nos traz uma nova informação: A epidemiologista Ethel Maciel, da Universidade Federal do Espírito Santo, que fez parte de um comitê de cientistas que apoiaram o Ministério de Saúde para definir o PNI (Plano Nacional de Imunização), afirmou que o governo do Messias queria "impor" um PNI só com a vacina AstraZeneca.
    O comitê para definir o PNI foi instalado só no começo de outubro. E lembre que a doença já estava aqui desde o fim de fevereiro... De acordo com a epidemiologista, o Planalto queria só a AstraZeneca porque não buscava uma aproximação com o Butantã que produziria a Coronavac com tecnologia da China. Motivos ideológicos?
    Fato é, meu amigo/minha amiga, que a vacinação no Brasil começou só em 17 de janeiro de 2021. Ou seja, quase um ano depois do registro do primeiro caso de covid-19. E graças a um governo de estado: o de São Paulo.
    No mundo, a China aplicou as primeiras vacinas ainda em julho de 2020. Nos EUA foi em 14 de dezembro; na Rússia, que produz a Sputnik V, em 15 de dezembro; e na União Europeia em 27 de dezembro de 2020.
    Por aqui, como se vê, numa mistura de negacionismo, fanatismo, ignorância e intenções que não seguiam a ciência, o plano era não ter plano.