Francis, pode? A "caçada" ao marginal Lázaro Barbosa, pelas matas de Goiás, virou uma missão perigosa para policiais e "motivação" para a imprensa que viu no caso uma "boa fonte" de audiência e venda de jornais.
Vários jornalistas transformaram a notícia num "show". Fizeram "novelinha", série. Produção que, com certeza, vai virar "produto" para canais de "streaming". Afinal, já chamavam o rapaz de "Lampião do século 21".
A "sede" por transformar o fato em filme de suspense/terror foi impressionante. Sensacionalismo à flor da pele. Na hora de ver a pontuação da audiência, a chefia do jornalismo das emissoras "mandou às favas os escrúpulos" e determinou, sem constrangimento algum, colocar no ar as imagens fortes do sujeito morto sendo carregado pelas mãos e pelos pés como um saco de lixo até ser colocado no carro do IML. Imagens que ficavam se repetindo várias e várias vezes...
Tudo isso de manhã. Tudo isso num horário em que muitas crianças estão vendo TV. Principalmente agora no período de pandemia...
E não era nos chamados "programas sensacionalistas", programas policiais, onde "verte sangue" na tela...o bandido morto apareceu em emissoras que dizem "respeitar" o "bom senso" e o "padrão de qualidade".
Que "padrão", Francis?!
Me fez lembrar o filme "A Montanha dos 7 Abutres", estrelado por Kirk Douglas.
Mas a realidade conseguiu ser pior do que a ficção.
Sujeito "estrebuchado" em frente à TV com muitas crianças assistindo
