quinta-feira, 19 de agosto de 2021

"CLÁSSICO É CLÁSSICO": COM O "ASSASSINO DA GRAVATA", HITCHCOCK ASSUSTA LONDRES E DECEPCIONA FÃS COM "FRENESI"

    

Finch e Foster em ação


    Tem um ditado popular que diz: "Assista para poder falar mal!". É o caso de "Frenesi". Os espectadores parecem divididos: Parte achou bom, parte achou ruim. Estou entre aqueles que consideram esse um "Hitchcock menor". Mas fica o alerta: Se você nunca viu um filme do mestre do suspense e só assistiu "Frenesi" (ou pretende assisti-lo) não se deixe levar por essa "derrapada" que o diretor deu na telona. Esse foi o penúltimo filme que fez, em 1972. Depois só teve "Trama Macabra", em 1976. Todos o restante já havia virado história.  Hitch nos deixou 4 anos depois, aos 80 anos.
    O homem foi genial quando criava uma história e quando gritava "Ação!" e "Corta!". Deixou uma filmografia para a eternidade. "Frenesi", infelizmente, fica para a posteridade como o filme que não deveria ter feito. "Mas então...não devo vê-lo?". Nada disso, amiga(o). Vai em frente, se segura na poltrona e encare algumas das cenas mais violentas que a história da sétima arte já produziu. 
    Em resumo,  o filme conta a história de Richard Blaney (vivido por Jon Finch), um ex-piloto da Força Aérea Britânica que virou um alcóolatra e trabalha como barman...ele se torna o principal suspeito de uma série de crimes praticados pelo "Assassino da Gravata" que aterroriza Londres. Sua missão: Provar que é inocente e escapar da prisão perpétua. Mas, enquanto isso, outros crimes vão acontecendo...
    Reza a lenda que Hitchcock teria convidado Michael Caine para ser o co-protagonista. Mas o ator teria recusado. O incrível é que quem ficou com o papel foi Barry Foster que ficou a cara do...Michael Caine! Até nos trejeitos. Coisas do senhor Alfred...
    O filme é inspirado no livro "Frenesi - Goodbye Picadilly, Farewell Square", de Arthur La Bern. Mas o roteiro também foi um grande problema: Alguma situações inverossímeis... alguns momentos de "humor mórbido", "ácido", quando a cena, em verdade, não queria contar dessa forma...
    Esse foi o primeiro longa do diretor na Inglaterra desde "O Homem  Que Sabia Demais" (1956). Até então ele estava trabalhando nos Estados Unidos onde dirigiu uma série de filmes extraordinários.


Não tá a cara do Michael Caine?


Alfred em ação: "Maionese desandou" na volta pra casa...

Importante: Esse filme você pode ver DE GRAÇA no YouTube.