quinta-feira, 12 de agosto de 2021

PAULO JOSÉ DEIXA UMA HISTÓRIA DE MUITA LUZ NAS ARTES CÊNICAS

      


    Ele está entre os melhores dos melhores. Paulo José Gómez de Souza, gaúcho de Lavras, ator, roteirista e diretor fez história no teatro, no cinema e na televisão. Ele está "ombro a ombro" com Mário Lago, Fernanda Montenegro, Lima Duarte, Sonia Braga, Cacilda Becker, Grande Otelo, Juca de Oliveira,Tarcísio Meira...
    Na televisão foram 49 trabalhos. No cinema foram 51 atuações. No teatro foram muitas participações. Pisou num palco, pela primeira vez, aos 10 anos de idade na escola em Bagé, interior do Rio Grande do Sul. A carreira profissional começou em Porto Alegre no Teatro de Arena, onde foi o famoso "faz tudo": produtor, ator, assistente de direção, diretor musical, cenógrafo, figurinista e contrarregra. Entre os espetáculos dos quais participou estão: "Os fuzis da Senhora Carrar" (de Brecht); "A Mandrágora" (de Maquiavel); "O Filho do Cão" (de Gianfrancesco Guarnieri).
    No cinema, estreou em 1966 interpretando o padre em "O Padre e a Moça", sendo eleito melhor ator no "Prêmio Saci". Em 1969 fez "Macunaíma". Outro destaque foi para "Eles Não Usam Black-tie" em 1981. Em 1997 foi a vez de "O Velho - A História de Luís Carlos Prestes". Em 2006, esteve em "Saneamento Básico, o Filme". Em 2011, estrelou "O Palhaço". O último trabalho foi em 2018 em "Todos os Paulos do Mundo".
    Em 1969 estreou na televisão em "Véu de Noiva". Em 1972, fez "O Primeiro Amor", na qual surgiu o personagem Shazan. No mesmo ano estrelou a série "Shazan, Xerife & Cia" ao lado do colega Flávio Migliaccio (1934-2020). E foram vários sucessos na telinha: "Gabriela" (1975); "O Tempo e o Vento" (1985); "Tieta" (1989); "JK" (2006); "Capitu" (2008); "Caminho das Índias" (2009). O último trabalho foi no ano de 2014 com "Em Família" na qual interpretou Benjamin Machado, personagem com Parkinson, mesma doença da qual sofria o ator desde 1992.
    Ao longo de 60 anos de carreira venceu 23 prêmios. Entre eles, Moliere; Candango do Festival de Brasília; Festival Internacional de Gramado; Festival Brasileiro de Miami; e Grande Prêmio de Cinema Brasileiro.
    
                                    FRASES

    "A doença me interiorizou. Fiquei menos exibido, menos festivo. Passei a escrever. Antes, me torturava para escrever qualquer coisa. Hoje me divirto. Digo que tenho 'Parkinson de diversões'.“

   "É uma doença degenerativa, progressiva e irreversível. Mas a vida não é muito diferente.“

   "Pensar sobre a morte não me assusta. Ao contrário, me obriga a ser produtivo.“

    "Nós fazemos o melhor cinema brasileiro do mundo.“


Com Flávio Migliaccio, a eterna dupla "Shazan & Sherife"