quarta-feira, 10 de novembro de 2021

PARALISAÇÃO DE JORNALISTAS.... EM SÃO PAULO!

   


     Não dá nem pra lembrar (faz tanto tempo!) quando foi a última greve/paralisação de jornalistas no país. Entre outros motivos porque, como diz o Mino Carta, "no Brasil, jornalista acha que é colega do patrão".
    Mas... nessa quarta-feira, 10 de novembro, jornalistas de revistas e de jornais de São Paulo capital vão cruzar os braços por duas horas. A maior bronca: reposição salarial. A decisão veio numa assembleia do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo.
    Veja o que diz o Portal dos Jornalistas:

    Jornalistas de revistas e jornais da capital paulista paralisarão suas atividades nesta quarta-feira (10/11). O movimento, que terá início às 16h, com duração de duas horas, é uma resposta da categoria ao não atendimento dos pedidos de recomposição salarial, em uma negociação que se estende por mais de cinco meses com os sindicatos patronais.
    A decisão veio após assembleia virtual realizada na manhã desta terça-feira (9/11) pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo (SJSP), encontro que contou com a participação de mais de 250 jornalistas.
    Dentre as demandas da categoria, está a recomposição salarial em função da inflação de 8,9%. Na reunião com os sindicatos patronais, realizada um dia antes, o reajuste proposto pelas empresas chegou a esse patamar apenas para salários de até R$ 5 mil. Nas demais escalas o reajuste proposto foi de 6%, para salários de até R$ 7 mil, e de 5%, para vencimentos superiores a esse valor.

“O que a gente está pedindo na verdade é não ter arrocho salarial, não ter perda no nosso poder de compra”, explica Thiago Tanji, presidente do SJSP. “A gente vê o preço do aluguel subindo, o preço da passagem de ônibus, da gasolina e do mercado aumentando muito mais que 8,9%. Por isso o, que a gente reivindica na verdade, é apenas conseguir manter minimamente o nosso poder de compra e que nosso salário não seja corroído pela inflação”.

    Segundo Tanji, uma nova contraproposta foi aprovada e enviada às empresas. “Esta primeira paralisação, mesmo que por um período de apenas duas horas, tem uma importância muito grande, pois é algo que há tempos não acontecia em São Paulo. Ela é a prova de que a categoria precisa se unir para conquistar o que é seu de direito”, conclui.

    Uma fonte do Portal dos Jornalistas informou que tanto a direção da Folha quanto a do Estadão pressionam os editores para que não adiram e que diversos jornalistas estão publicando em seus perfis no Twitter hashtags de apoio ao movimento.